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Isadora

por neves, aj, em 23.03.08

"Tu que já foste ousada, não permitas que te amansem"

PhotobucketCada vez que ouvimos ou lemos o nome Isadora é como se nos tremesse a passarinha. Não que estejamos de beiça caída por uma Isadora qualquer ou enfeitiçados pela mais célebre delas, Isadora Duncan, a bailarina nascida nos Estados Unidos e que nos anos 20 do século passado aderiu à Rússia Soviética tendo fundado uma Escola em Moscovo. “Prefiro viver de pão preto e vodca e sentir-me livre, a gozar as delícias da vida americana sabendo-me prisioneira”, chegou a pronunciar em entrevista.
Bailarina verdadeiramente revolucionária rompeu com os padrões clássicos do ballet criando uma dança liberta de espartilhos e sapatilhas de ponta apresentando-se descalça em palco, criando afinal o ballet moderno, o que simultaneamente lhe proporcionou ser considerada como um símbolo do feminismo. Teve uma morte trágica estrangulada pela própria écharpe que usava ao pescoço quando uma das pontas se enrolou nos raios do Bugatti em que seguia e que é cena extremamente marcante no final do filme feito sobre a sua vida. Quem já viu o filme sobre Isadora também jamais poderá esquecer a cena em que ela dança para os operários soviéticos desnudando-se da cinta para cima mostrando os seios sem pudor e virá bem a propósito relatar episódio que aconteceu connosco quando tínhamos aí uns 13 ou 14 anos e esta película passou na sessão de cinema das Quartas-feiras à tarde no então Colégio Academus na nossa ditosa Santa Comba Dão: perante tamanho desplante na tela nem quereis imaginar a "aflição" do operador de máquina (Padre Franklin Coimbra) tentando impedir que a retina dos nossos olhos castos, puros e inocentes visionassem a cena... devíamos estar a entrar nos anos 70, mas garantimos-vos que ainda hoje nos lembramos perfeitamente do quadro, inclusive do peito magro da actriz.
Sinceramente que não sabemos se o motivo de termos gostado do nome Isadora foi pela observação do filme (talvez precocemente já que é bom lembrar que naquele tempo os nus ou semi-nus ou mesmo beijos secos ou molhados nas telas de cinema eram como icebergs em deserto controlados por uma censura ditatorial), mas a verdade é que o nome sempre "mexeu" connosco. De tal ordem que era um dos nomes cabíveis, se menina, no fruto que tínhamos ajudado a gerar e se hoje esse adorável fruto não se chama Isadora é também por culpa da projecção televisiva do filme umas duas semanas antes do nascimento. A filha sabe-o bem e sabemos nós que não ficaria desgostosa se o tivéssemos feito, mas que fique bem claro que antes de a mãe entrar na maternidade o registo do nome que hoje tem já estava determinado.
Bom, pondo de parte tamanhas intimidades explique-se então a razão que nos levou hoje a fazer uma entrada que deve o título, claro, à bailarina de que temos vindo a falar e o conteúdo ou corpo de texto à frase que apresentamos em sub-título. Esta frase atribuída a Isadora Duncan é uma de algumas reunidas em linda apresentação em slides, PowerPoint, intitulada FRASES DE MULHERES que recebemos de uma amiga e que desejamos dividir com vocês leitores (e leitoras, claro).
Como pano de fundo nada melhor que, claro, Isadora de Paul Mauriat.



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publicado às 10:19



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