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Santos, Finados...

por neves, aj, em 01.11.07

Photo Sharing and Video Hosting at PhotobucketPara quem deixou há muitos anos a esta parte, bastantes mesmo, de cumprir a tradição de rumar aos cemitérios neste dia 1 de Novembro até parece um verdadeiro contra-senso escrever no Dia de Todos-os-Santos e, ainda por cima, colocar uma foto de meus pais emoldurada por duas flores, duas inevitáveis rosas vermelhas.
Dirão vocês que finalmente os cinquenta anos me deram o juízo que tem andado tão arredio... talvez não, já que a minha posição no cumprimento deste ritual continua a mesma. Não sei porquê (mas até tem a sua lógica) sempre associei este dia de vigília junto às sepulturas com os velórios e como eu fujo deles talvez seja essa a razão de continuar sem vontade alguma de alinhar neste costume tão antigo que infelizmente entrou nos caminhos modernos do mercantilismo. Não se vá pensar, no entanto, que tenho pavor à morte ou que os mortos me assustam, o que me horroriza num velório é o aparato construído pelos vivos: as velas e o cheiro a cera, a disposição macabra das cadeiras, os olhares lancinantes, as toneladas de ar sobre as cabeças e (principalmente talvez) os sussurros rumorejantes e enervantes de conversas em conferência tantas vezes desorbitada.
Bom, em prol do senso ou contra ele, a verdade é que me lembrei do Dia de Todos-os-Santos e de meus pais, independentemente de por aqui no Brasil não ser feriado já que a romagem aos cemitérios será amanhã, Dia de Finados, este sim com honras oficiais.

Neste vai e vem de recordações, deu-me para "brincar" no computador com uma foto de meus pais, a mais recente que possuo sendo que este recente se reporta a quarenta anos já que me dá ideia que o retrato teria sido feito no dia em que meu pai Zé Neves atingiu o seu cinquentenário de vida. E foi durante esta "brincadeira" que me surgiu a vontade de fazer entrada nem tanto para presentear meus pais com as rosas (outros dias muito mais importantes existem) antes sim para vos apresentar, em alegria, uma expressão de minha mãe Rosa que a minha memória teimava em não encontrar (afinal já lá vão 31 anos) e de vos revelar o quanto me encheu de felicidade esta "descoberta" que a tecnologia do mais contraste, menos brilho ou mais gama me proporcionou.

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publicado às 20:26




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