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No sufoco, diz a crítica endereçando apenas parabéns (levianos, talvez) sem elogios. Tudo isto vem a propósito do que leio sobre. Sinceramente que não entendo certos jornalistas. Com um deles, senhor Luís Sobral, troquei galhardetes através dos comentários no MaisFutebol desde os tempos do célebre soco de Alvalade quando o homem começou autêntica cruzada contra Scolari. Pronto, lá terá a sua razão e o direito lhe assiste. Só que eu também tenho opinião e retruquei. Não defendi Scolari, defendi a Selecção que não podia ficar órfã a 4 jornadas do final do apuramento. Hoje voltei à carga, já que não gostei da suaescrita irónica onde dá apenas os parabéns à Selecção. Até lhe falei nuns elefantes que andam por aqui a pastar no Voz do Seven à espera de serem engolidos (já devia ter colocado o último dos paquidermes, mas ainda não houve tempo). O homem mandou-me ter bom proveito e eu dei-lhe troco. Polémicas à parte pergunto-me como se confunde Scolari com Selecção. Interesses que voam mais longe do que o meu entendimento alcança? Finalizo com interrogações. Já escrevi em comentário qualquer que sei perfeitamente que a campanha não foi brilhante e acredito que os jogadores também o sabem e igualmente a equipa técnica. Mas será que eles e nós (nós os que ficámos contentes com a qualificação) não teremos o direito de saborear o champanhe do apuramento? Para quê fazer interrogações impertinentes sobre a campanha quando o barulho das rolhas a sair das garrafas ainda se ouvia? Bolas senhores jornalistas, dêem um tempo e façam lá essa análise daqui a um ou dois meses. Olhem aproveitem e publiquem também a análise ao triste Mundial 2002, o mundial dos copos da jogatina e das gajas... do mal o menos, quanto a isto está esta Selecção bem segura sob a controlo do sargentão Scolari, não acham?
Ora que se danem os elogios ou a falta deles, o POVO ficou contente.
E como em tantas outras situações da vida enquanto os doentiamente insatisfeitos destilam todo o fel acumulado por más digestões a Terra continuará a girar para o mesmo lado e Portugal continuará a ser banhado pelo mesmo Atlântico.Bom, é verdade que foi no sufoco... e depois? Que me interessa isso agora? Foi com honestidade, isso é que é o importante. Devia-se ter jogado melhor? Talvez, mas não jogou. E depois? Raios, deixemo-nos de ser mais papistas que o papa, mais puristas que os puros e sejamos práticos, pragmáticos. O que estava em causa era a qualificação e esta foi conseguida. Os críticos dizem que Portugal não conseguiu vencer os "mais poderosos" do grupo. É. E depois? Não é a regularidade que faz um campeão? Os jornalistas nunca viram acontecer isso no Campeonato Português? Andam desatentos ou fazem parte de alguma cruzada? Que me interessa agora que venham dizer que Portugal deveria ter feito trinta e tal pontos e que deveria ter sido destacadamente o primeiro do grupo? Não fez trinta, fez 27 pontos e daí? Não foi primeiro, foi segundo. E depois? Qualificou-se, não? Não era isso que o povo português num geral desejava? Se Portugal tivesse dominado o grupo a seu belo prazer qual era a vantagem que levava para a Suíça?
Zero. Rien de rien, como diriam os franceses. Por lá, por terras alpinas, volta tudo ao início, todos os intervenientes vão começar no mesmo patamar, nos zero pontos.
Não é esta a grande verdade?
Então, em noite que deveria ser de festa é completamente estúpido estar a mexer nessa trampa mal cheirosa esmiuçando o passado. E, digo mais, não me venham com a treta de maior força anímica que essas vitórias todas nesta fase preliminar poderiam dar, porque em seis meses (é o que falta para a Fase Final) nasce e morre muita gente, estados de espírito levantam outros vão abaixo, atletas atingem picos de forma outros não mais acertam uma, uns recuperam de lesões outros entram nelas. Que raio querem os críticos?