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Diz-nos a legenda da foto que a tartaruguinha é cabo-verdiana não sabendo nós se por viver nas redondezas do Cabo Verde, o ponto mais ocidental do continente africano situado no Senegal, se por ter o seu habitat natural nas águas que abraçam as 10 ilhas (9 habitadas) do Arquipélago de Cabo Verde colonizado pelos lusitanos e que ficou eternizado nos anais da História por no famoso Tratado de Tordesilhas ter sido o ponto de referência para o traçado do meridiano (370 léguas para oeste) que dividiu o mundo quatrocentista em dois hemisférios no sentido vertical, ocidental e oriental, o que veio a possibilitar mais tarde a implantação da Língua Portuguesa por estas paragens onde nos encontramos.
Bom, seja natural das ilhas ou pertença ao cabo, a verdade inquestionável é que a tartaruga da nossa história tem origem africana e assim se torna, por óbvia dedução, uma imigrante do continente negro tentando navegar em águas que não as dela e sim sob jurisdição espanhola. O que nos confundiu, diga-se de passagem, já que nuestros hermanos e toda a Europa com Portugal incluído estão a tratar de fechar cada vez mais as portas à imigração e se vinda de terras africanas, nem uma pequena fresta fica sem vigilância. Mais atentos, depressa a confusão se evaporou ao lermos que o objectivo da presença das tartaruguinhas é reiniciar a reprodução da espécie naquela zona, em Almeria. Ora cá está, transparente como água, se em proveito próprio muito nosso pois que sejam bem vindos, mas estes eestes outros?