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Provavelmente por culpa da divulgação da minha careca recebi da parte de um dos meus sobrinhos a careca de meu pai nos finais dos anos 80 do século passado. A foto, em redução aí ao lado que com um clique vos leva a tamanho tipo postal, foi captada (provavelmente) por esse meu sobrinho quando ele ainda andava na descoberta da maravilhosa arte de fotografar e que o prendeu de tal ordem que hoje faz dela profissão. E se atrás digo provavelmente é porque me comunicou que não tem a certeza absoluta se foi ele que fotografou ou o primo, meu sobrinho também, seu companheiro de então nesta iniciação à fotografia, cujo bichinho, saliente-se, lhes foi incutido por um dos meus irmãos, tio dos dois.
A foto. Ressalta à vista que este retrato a preto e branco de meu pai no desempenho da sua arte de alfaiate não está nas melhores condições. Não tanto pela idade, vinte e poucos anos, e sim mais pela deficiente técnica com que foi revelado. Afirmo-o com segurança não só porque de fotógrafo e de louco cada um de nós tem um pouco, mas também por eu próprio ter participado (de modo esporádico, é certo) nalgumas revelações fotográficas feitas em estúdio improvisado numa divisória da casa de meu sobrinho. É verdade, acreditai que também cheguei a assinar algumas das fotos... não na forma de Neves, AJ com que assino os textos aqui no Voz, mas na de mancha negra cópia fiel de morrão de cigarro que aspirado na câmara escura iluminava mais que holofote em noite de breu.
E em remate, os agradecimentos ao sobrinho pela homenagem que prestou ao avô.