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A "minha Maria" está a acusar-me de irreverente, mas juro que não pretendo faltar ao respeito aos nossos leitores nem sequer chocar o mundo, afinal só pretendo divulgar aquela que é uma das mais famosas louças de Portugal, a louça das Caldas. A reportagem sobre a Fábrica do Sr. Francisco chegou-nos via e-mail da parte de um amigo e não descortinámos problema algum em mostrar ao mundo uma louça deveras diferente e, pensamos, genuinamente lusitana.
Descrita unicamente como "louça das Caldas" era antigamente comercializada às escondidas em feiras e romarias, o pedido era feito em surdina e a troca dinheiro/produto era realizada na maior das discrições como se de contrabando ou tráfico se tratasse.
Mudaram-se os tempos e aquilo que as mentalidades retrógradas chamavam de poucas vergonhas começaram a ser vistas livremente em montras e comercializadas sem pejo, embora acreditemos que não se deve fazer troca sem aquela malícia tão característica do Povo Português. Com pudor chamam-lhes "os das Caldas", há-os de todos os tamanhos embora o feitio ou forma seja o mesmo, claro.
Apesar de celebrizados e rodeados de enorme brejeirice sinceramente que achamos muito mais piada aos discretos padres, frades e jogadores de futebol que aparentemente vestidos revelam ao mundo um falo desproporcional à altura do boneco se for puxado um pequeno cordel ou então as célebres canecas que apesar de aparentemente normais possuem no seu interior e fixo ao fundo um pénis igualmente em louça que verte líquido por orifício na ponta avermelhada visto que comunica com buraco situado na base. Imaginem os leitores a surpresa que terá bebedor ocasional e desconhecedor após ingestão aí de metade do conteúdo. Outros objectos, como cinzeiros, sofrem também ataque da imaginação malandra do homem [CALDAS FUNNY ARTS].
Bom, esperamos que esta entrada seja apenas chamada de marota porque mais nada nos levou a fazê-la, para além claro de divulgar a louça das Caldas da Rainha que, note-se bem, não é apenas deste tipo. Importante de referir que foi na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha queBordalo Pinheiro, jornalista crítico desenhador caricaturista e também ceramista teria modelado as primeiras estatuetas do célebre Zé Povinho na qual os portugueses tanto se identificam.