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(não foi com uma gravata de cânhamo pendurada em ramo da árvore mais alta como nos filmes das coboiadas, foi com injecção letal, mas deu no mesmo)
Em 1993, José Ernesto Medellín um emigrante mexicano nos Estados Unidos então com 18 anos e autor confesso do estupro e assassinato de uma adolescente de 16 anos, foi condenado à morte. Ontem, passados 15 anos, foi executado. Afinal coisa banal lá pelo Estado do Texas que em termos de direitos humanos ainda se governa por ideias medievais e o assassinato legal do mexicano só aqui é notícia porque as autoridades locais simplesmente se marimbaram para a decisão do Tribunal Internacional de Haia que havia ordenado ao Texas que não executasse Medellín sob o argumento de que ele não havia sido informado sobre o direito a ter ajuda consular enquanto preso. Por palavras mais simples, foi condenado em julgamento mal conduzido.
Não querendo aqui discutir o bárbaro crime nem o desrespeito pela vida humana, afinal igual ao do próprio assassino, da parte das autoridades texanas nem sequer a sua petulância por ostentarem a medalha de ouro no que toca a execuções e não cederem a apelos, perguntamos qual o direito que assiste aos Estados Unidos (curiosa e estranhamente Bush apelou ao cumprimento da resolução de Haia) de se arvorarem em defensores dos direitos humanos condenando execuções em outras partes do mundo e perguntamos ainda se as únicas resoluções do Tribunal Internacional de Haia aceites pelos americanos serão apenas aquelas que lhes convêm.