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(alerte-se que tacho, termo não empregue no Brasil, refere-se, ao invés depanela, a recipiente mais largo que fundo, mas também pode ser um emprego bemremunerado conseguido muitas vezes por linhas travessas, através das célebres cunhas, e queos tempos modernos rebaptizaram de job)
pão-duro | rapa-tachos | salazar |
Por aqui, por terras brasileiras, o objectoem honras de destaque é chamado de pão-duro,generalização de todo aquele (ou aquela) que evita portodos os meios possíveis e imaginários gastar um centavo sequer (ou umcêntimo se preferirem), aferrolhando assim toda a moedinha que esteja aoseu alcance. Será um avarento Tio Patinhas à brasileira e será fácil de imaginar a vida dura,não dos sobrinhos, mas de um filho de pão-duro e, do mesmo modo, facilmente se compreenderáque em roda de amigos no bar da esquina, o pão-duro vai esquecer-se sempre dacarteira em casa ou no automóvel que está estacionado bem longe dali. Em Portugal, o pão-duro dá lugar ao salazar (aquiescrito em minúsculas por nos estarmos a referir ao dito objecto), termo sábioque vem mais uma vez demonstrar a enorme capacidade criativa do Zé Povinho,sabendo fazer a analogia perfeita entre um utensílio que tem por finalidadeevitar o desperdício, limpando ou rapando tudo e não deixando nada, e o homem que, àaltura, tinha sido Ministro das Finanças (Fazenda) e depois Presidente dum Conselho deMinistros que liderou durante 40 anos... outras histórias que agora não sãopara aqui chamadas.
Verdade seja dita que após esta introdução descritiva dum rapa-tachos, não sabemosexplicar de forma bem clara o que nos levou a falar hoje, Sábado dia 30 deDezembro e quase no finalzinho de 2006, de glutões ou comilões, vocábulos que oDicionário de Língua Portuguesa também chama aos rapa-tachos... culpa da Quadra Festiva que atravessamos?
A intençãoera outra e até sei que a questão do tempo deveria entrar na crónica, não desse tempo que os relógios mastigam, antes sim do outrotempo que tanto nos alimenta como arrefece os ossos e que é (quase) sempre temade conversa ou de escrita quando falta assunto e, como este está a faltar, atévem a propósito contar que quando hoje me levantei (seriam umas seis) estava longe de pensar que o Solradioso que entrava p'las vidraças adentro iria progressivamente desaparecer e dar lugar a uma tardecinzenta, ventosa e chuvosa, contudo e como sempre, bem acalorada. Na parte da manhã ainda saí decasa, umas compritas, mas logo ao início da tarde o tempo começou a mudar e os planosde voltar à rua foram de imediato colocados de parte, já que nesta cidade epor esta altura de Verão um indivíduo pode sair de casa arreado como um pavão e entrarque nem um pinto, completamente encharcado da cabeça aos pés.
Após o almoço e a meio de dois dedos de conversa com a Maria, lembreientão (porque a memória ainda funciona e o desejo era grande) que era hora,talvez, de enviar naquele que é o dia-mor da vida de cada um de nós, um abraço de parabéns ao meu irmãoque me leva quase uma dezena de anos à frente, diferença esta que nãofoi impeditiva de fazermos dupla nas lides futebolísticas nem de agora mantermos umasalutar ligação. A hora foi acertada e em vias da disponibilidade, meu irmãotomou a iniciativa ligando de lá para cá para batermos um papo falandode tudo um pouco tal como em conversa trivial que teríamos em presença físicaum do outro, tudo isto porque a comunicação entre nós é assaz frequente e aescrita está mais ou menos em dia.
Talvez por o espírito ter ficado mais composto, surgiu a ideia de que nãoseria nada ruim tratar agora do físico, do estômago em particular... mãos à obra etoca de fazer uns docinhos para o nosso reveillon, que de forma graciosamentehumilde vai ser passado em casa, espreitando p'la janela para apreciar os fogosde artifício e trocando senhas de bom ano e boas vindas entreapenas nós os dois, corrijo...três, e desculpem-me por ser obrigado a meter naconta esta cachorrrra que não me larga a perna e a quem até já tive de dedicartexto. Deixando para amanhã asrabanadas (será desta que vos vou deixar aqui a receita?) tratámos de fazer umleite-creme e um Bolo de Laranja a que eu chamo pomposamente de 3 x 150 (trêsovos por cento e cinquenta de farinha, de açúcar, de margarina) e que é deconcepção tão simples que até se envergonharia de constar do Pantagruel ou doutroscatrapázios (expliquem-me lá porque é que os dicionários não admitem estapalavra se o povo a diz e escreve tão bastas vezes)...
e ufa... chegámos enfim aos finalmentes,ao porquê de ter dado semelhante título a esta crónica, é que foi aqui na feitura do bolo e naaltura de aproveitar as migalhas para o dito ficar maior (ficará?) que entrouem acção o salazar pão-duro, rapa-tachos, rapa-alguidar ou rapa-tigela, que cá em casa é deplástico um pouco diferente daqueles que eu conhecia, de borracha com um caboem madeira, e que UmaCasa Portuguesa está a reeditar, assim como outros produtos que faziamparte do nosso quotidiano de outrora.
Umas jáfinalizadas, outras ainda a decorrer... foi, é, o acompanhamento possível à
SelecçãoNacional Portuguesa
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Estaentrada, de agradecimento e retribuição de Boas Festas, é p'ro Agostinho eseus alunos e tem o condão de deixar no ar (mais uma vez) a maior das dúvidasdos últimos tempos... afinal é burroou cavalo?
(desmistificando,em prol da verdade...)
Ninguém duvida da bondade e dasimpatia do bom velhinho, mas não terá ele também algo de finório, defolgazão e até de maroto com laivos de ironia, a começar pelos seus célebres(e enigmáticos) monossílabos?
Já lá iremos... mais para ofinal da crónica. Agora, que ainda estamos na introdução, sempre vamosdizendo que as crianças são os principais clientes do Pai Natal ou Papai Noel,mas, é sabido, que muitos insatisfeitos, já bem adultos, não prescindem doenvio de uma cartinha ao dito, solicitando-lhe, afinal, o que a vida bem realnão lhes pode oferecer.
Ao que consta, o bom velhinhotudo faz para satisfazer os pedidos (consta também que só os daqueles que seportaram bem ao longo do ano, o que coloca, de imediato, os adultos em francasuspeição) e, como as dificuldades não atacam apenas os simples mortais, porvezes ele até é obrigado a passar por situações deveras constrangedoras, menosortodoxas, inusitadas,situações estas que os terrenos ou terráqueos desprovidas de renasvoadoras talvez não saibam interpretar da melhor forma ou então até terão amania de levar tudo demasiado à letra e só por má fé é que não conseguementender as reais intenções do homem que se vê obrigado a entrar em casaalheia pela chaminé só porque ninguém lhe facultou a chave da porta.
Ao que consta, as crianças,mesmo de mente dividida entre o que lhe fazem crer que existe e o que a suarealidade já vê (como é que este gordo passa na chaminé?) nãoreclamam e, cremos, que acima do presente dado pelo Pai Natal ou pelo Pai deTodo o Ano estará, isso sim, a enorme satisfação se tiver o privilégio de ira centro comercial qualquer e puder sentar nas pernas do velhinho de longasbarbas brancas e de vermelho vestido... cena enternecedora que, inevitavelmente,terá de ser (bem) rematada pelo célebre Ho... Ho...Ho... risadinha que, comoafirmámos no início desta crónica, é tão sonante ao ouvido quantoenigmática.
Vejamos... coloque-se uma dasnossas leitoras no papel daquela senhora que, farta, fartíssima, da velhacaranguejola ou carripana, do velho automóvel a cair aos pedaços, resolveescrever ao Papai Noel pedindo subtilmente (quiçá testando a inteligência donosso velhinho) "... algo que vá dos 5 aos 100 em menos de 5segundos...", acrescentando ainda que não importaria o modelo nem a cor.Como ficaria o seu estado de espírito cara leitora se na volta do correiorecebesse estaprenda? Ainda manteria a opinião de que o bom velhinho érealmente simpático e que a risadinha, agravada pelo coro das renas, écarinhosa? Ou que afinal, é sim uma risadinha de troça, sarcástica, dedeboche como por aqui é frequentemente usado?
Certamente que a nossa leitoramudaria também a opinião sobre o "nosso homem" se recebesse o mesmodaquela outra senhora que escreveu ao Pai Natal pedindo uma ajudinha paramodificar o corpinho (de modo a valorizar a auto-estima, como é costumedizer-se) e em vez de uns "cobres", de um novo emprego bem maisremunerado, de um prémio na lotaria (loteria) ou mesmo de um cirurgiãoplástico pendurado na chaminé, recebeu isto... um espelho.Das duas uma... de modo bem racional certamente que a leitora lhe chamaria de safado sem vergonha, como (também) écostume dizer-se por aqui ou então, agradecia-lhe, visto que a sua cegueira (em olhar apenas para o corpo)não lhe permitiria ver o quão estava a ser lubridiada.
Verdade seja dita que o bomvelhinho não é tão mau como o estamos a pintar. Pelo menos para os do seusexo (presumindo-se que o Pai Natal é homem e não pertence à classe dosAnjos), o Pai Natal é um gajo porreiro e se o pedido do Ti Zé eraimpensável de realizar (o Ti Zé queria uma de 20, mas o nosso barrigudinhoé contra o pecado) ele lá tratou de remediar o caso com bastante imaginação.
Um agradecimento bem especialao Blogdo Regabofe que nosfacultou as três últimas imagens permitindo-nos (também) usar e puxar daimaginação.
A notícia foi publicada no G1Portal de notícias da Globo, chegámos até ela graças ao Santos Passos e se aqui é transcrita é porque tememos que o G1 não a mantenha no ar.
Carlos Henrique da Silva, de 24 anos, protagonizou na segunda-feira (20) uma cena inusitada: Às 23h, foi içado pelo guincho do Corpo de Bombeiros de dentro da chaminé de uma padaria de Bauru, a 343 km de São Paulo. Os policiais foram chamados pelos vizinhos, que ouviram gritos vindos do alto da padaria e encontraram o homem preso pelo tórax. |
... porque deum modo ou de outro são localidades que nos dizem algo!
TERRASDA BEIRA | TERRASDO DOURO |
PARADADE GONTA CARREGALDO SAL MORTÁGUA TONDELA VISEU COIMBRA SEIA SERNANCELHE | CINFÃES BOASSAS ARMAMAR TABUAÇO LAMEGO PESODA RÉGUA PORTO |
SANTA COMBA DÃO NA WIKIPÉDIA | |
SANTACOMBA DÃO COUTODO MOSTEIRO NAGOZELA ÓVOA VIMIEIRO | PINHEIRODE ÁZERE SÃOJOANINHO SÃOJOÃO DE AREIAS TREIXEDO |
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giroflé, giroflá |
Esta é umadaquelas situações que nos arrependemos da dedicação dispensada.Sobre o resultado final da competição pode o estimado leitor, que não temculpa nenhuma do azedume que guardamos no peito, consultar o site oficialclicando num dos selos acima.
de Natal,talvez, e se sim um dos mais belos presentes de Natal que até hoje recebi,porque, que eu saiba, a foto é única no tocante à minha pessoa e, de umaforma bem subtil, entusiasmou-me de tal ordem que (finalmente) abri o CANTINHODOS PINGUINS.
clicar na foto |
De tãoenriquecedora, esta magnífica prenda (como luso prefere dizer) enviada ontempelo amigo Evangelista vem ainda corroborar a nossa teoria de que as coisassimples podem carregar toneladas de recordações prazerosas que se sobreporãosempre às das faustosas compras de Natal que são afinal uma mera formalidadeno cumprimento das leis do consumismo.
ObrigadoManuel e também os agradecimentos ao sr. David de Oliveira que foi o homem queretratou a imagem em Penalva do Castelo, momentos antes de desafio entre oDesportivo Santacombadense e a equipa local... quanto à data, já nos escapou equanto ao resultado, que interessará agora?