Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Em verdadeiro contra-senso, já que por aqui se caminha para o final do Verão, a luz do dia aparece-me hoje mais cedo, exactamente às 06:51 horas de S. Paulo. Tudo por culpa daquele recuo de 60 minutos no tempo dos governos que vos anunciei ontem. Através da janela aberta, por onde o fresco da manhã me alivia do calor sentido durante a noite, vejo que o céu se apresenta com algumas, poucas, nuvens, mas o Sol já espreita entre elas. Adivinho outro dia de altas temperaturas que não sei se se devem considerar elevadas já que tudo é subjectivo, mas a verdade é que me incomodam e pergunto-me porque é que o termóstato beirão teima em não se adaptar aos ares tropicais. Dizem por aí que o frio vem conforme a roupa, será que por aqui o calor tem prazer em inverter essa proporcionalidade?
Saboreando um delicioso café, preparado logo ao levantar ainda o galo não havia cantado (leia-se cachorra ainda a dormir), passo os olhos pelas principais notícias do meu país e, quase fugindo das derrotas futebolísticas da Briosa e dos Pinguins, encontro na caixa de correio duas mensagens que muito me alegraram e me fizeram atravessar o Atlântico cavalgando no ritmo harmonioso de uma Tuna.
No mail do amigo consta que os sons, acompanhados das respectivas letras, pertencem à Tuna Académica do Porto e, inevitavelmente, a minha mente voou até minha filha já que pertenceu a similar agremiação estudantil lá pelas bandas de Coimbra.
E a talhe de foice não evito em colocar a hipótese cá aos meus botões que se o fruto que ajudei a conceber possui tais dotes, então é muito, muito provável que eu transporte comigo alguns genes que só necessitam de um sopro inspiratório para acordarem de uma letargia musical de 50 anos... quem sabe? Não é hipótese a descartar, não senhor.
É hora de partir, hora de preparar a trouxa para zarpar até à cidade grande lá bem no centro. Deixo-vos então com as duas interpretações da Tuna do Porto, totalmente dedicadas à filhex que independentemente de possuir boa ou má voz, de ser ou não ser exímia instrumentalista é, está a ser, a ditosa musa que hoje me permite redigir.
Post-scriptum - Em verdadeiro acto de contrição devo confessar que não distingo um dó de um sol e confundo um grave com um agudo... é mais que certo que os tais genes não pertencem ao pai, não.