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Içai a Bandeira, nobre povo.
Colocai-a à janela, à varanda (não ligueis às vozes preconceituosas que bradam que as actividades desportivas são desmerecedoras de manifestações patrióticas) e desfraldai-a bem ao alto. E não tenhais vergonha se vos apetecer entoar os versos d' A Portuguesa quando os acordes do Hino Nacional forem difundidos pelas rádios e televisões amanhã Sábado, 24 de Março, dia em que duas Selecções Nacionais Portuguesas tentarão dignificar ainda mais o nome Portugal. A primeira a entrar em acção será a Selecção Nacional de Râguebi, aqui mesmo ao lado no vizinho Uruguai. O encontro diz respeito aos playoff de apuramento para o Campeonato do Mundo da especialidade que irá decorrer em França ainda este ano. Com vantagem de 7 pontos (12-5) trazida do primeiro encontro em Lisboa, a Equipa das Quinas terá agora por missão evitar que os uruguaios cometam a proeza de anular o nosso lucro. A concretizar-se o feito tão esperado será a primeira representação portuguesa e, atente-se, a primeira vez que um seleccionado amador (parece mentira, mas é verdade) estará presente numa fase final de uma competição desta envergadura. Demonstre aqui oseu apoio à Nossa Selecção. O desafio tem hora marcada para as 18:30 horas de Portugal Continental e será transmitido pela Sport TV2, de Portugal. Nós por cá, também de Bandeira bem ao alto, já que não teremos o privilégio de assistir tentaremos ir sabendo informações através das rádios portuguesas e dos sites oficiais, doCampeonato do Mundo e da Federação Portuguesa. Ah... quanto à outra Selecção, sobejamente conhecida como a Nossa Selecção (mas que como ficou provado não deveria ser mais do que Uma das Nossas Selecções) faremos já entrada a revelar igualmente o nosso apoio para o desafio de Sábado frente à Selecção da Bélgica que terá lugar no Estádio José de Alvalade pelas 21 horas portuguesas, menos 3 horas em S. Paulo.
Que eu saiba não foi escrito, mas parece que tem força de mandamento ou ordem.
(notícia que vagueava pela gaveta do esquecimento)
O Presidente Lula da Silva defendeu, em 7 de Março, a criação do Dia de Combate à Hipocrisia, já que por preconceito ficam por debater temas importantes... "porque a minha mãe não gosta, o meu pai não gosta, a Igreja não gosta, não sei quem não gosta". Discursando para plateia onde as mulheres marcavam forte presença (era a véspera do Dia Internacional da Mulher) nomeadamente a Secretária Nacional de Políticas para Mulheres, o Presidente defendeu o uso do preservativo para combate a doenças como a Aids (Sida) e também como meio de evitar a gravidez precoce. "Trinta por cento das meninas entre 15 e 17 anos que estão fora da escola é porque tiveram filhos", exemplificou. Além de defender a distribuição gratuita de preservativos, popularmente conhecidos como camisinhas, (campanha que deve ser acompanhada de instruções para o uso, segundo o próprio), o Presidente da República disse ainda que as famílias e a Igreja não podem agir como se as jovens não mantivessem relações sexuais já que as gravidezes precoces estão à vista. Mas eis que surge a Igreja a bradar: "não somos hipócritas", afirmando ainda, e peremptoriamente, "... a posição da Igreja é clara. Sempre o foi. Não mudou, nem mudará".
Correctíssimo, ora.
Correctíssimo, ainda.
Correctíssimo, novamente, já que todo o não hipócrita, todo aquele que jamais pretende tapar o Sol com uma peneira, enaltecerá a justeza da afirmação.
Assim, navegando comodamente nas águas que ela própria escolhe, a Igreja manda às malvas o Povão, o Zé Povinho, abandonando-o à mercê dos problemas reais da vida qual mexilhão que precariamente agarrado às rochas da costa tem que fazer peito para aguentar com a força bruta da rebentação das ondas... da hipocrisia.