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Futebol em Sábado de Aleluia

por neves, aj, em 08.04.07

Três boas-novas chegaram até nós... aleluia!

Aleluia, aleluia... na luta desenfreada pela fuga à descida de divisão (nos respectivos campeonatos) o Desportivo Santacombadense venceu, 2-0 no Municipal ante o Ol. Hospital,  e a Briooosa não perdeu, empate na Amadora em jogo louco de meia dúzia de golos.

Cantinho dos PinguinsEm comentário, acrescentamos ainda que o Santacombadense passou por uma chicotada psicológica que dá ideia de ter dado o primeiro fruto (as chicotadas são sempre aborrecidas e controversas, mas por vezes resultam... vá lá saber-se porquê). Desejamos agora é que esta atitude ganhadora não abandone os Pinguins e que nestas últimas 6 jornadas alcancem o número de pontos necessário e imprescindível para o Desportivo Santacombadense se manter na III Divisão Nacional.
Força Pinguins...

Cantinho da BriosaQuanto à situação da Académica de Coimbra ela ainda está complicada, visto que como já dissemos terá de defrontar os chamados 3 grandes nas últimas jornadas (faltam também seis) do Campeonato da I Liga Portuguesa. A crença leva-nos a confiar nos briosos rapazes, mas a realidade tão real e possível quanto cruel leva-nos a admitir que possam advir daqueles três desafios outras tantas derrotas e quanto a nós a manutenção da AAC passará, isso sim, pela não derrota em Aveiro (26ª Jornada), vitória em Coimbra frente ao Braga (28ª Jornada) e, especialmente, pelos resultados menos bons (maus, queremos nós dizer) dos adversários directos, Setúbal, Beira-Mar e Aves. Quanto aos outros desafios, em que se intromete uma ida a terras de D. Alberto João, qualquer pontinho é bem vindo, será como soi dizer-se ouro sobre azul e, aproveitando a maré, que um pontinho pelo menos seja então roubado já no próximo desafio frente aos azuis da Invicta.


Aleluia, aleluia... a terceira boa nova que recebemos foi durante a transmissão via TV Cultura do desafio entre o Braga e o Sporting (0-1 bem suadinho para os leões):
Sábado que vem joga-se a 25ª Jornada e a BRIOOOSA vai ter direito a atravessar o Atlântico e a mostrar-se por todo o Brasil. O desafio, com transmissão nesta mesma TV Cultura a partir das 17 horas, será no Estádio Cidade de Coimbra e o adversário será o FC Porto, o actual comandante. Felizes e ansiosos por podermos ver EM DIRECTO (ao vivo) o mais emblemático dos equipamentos embelezado no coração pelo mais belo losango do mundo, mais felizes ficaremos se o nosso sonho de vitória se concretizar...

Olé-olé-olé... BRIOOOSA!

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Estádio Cidade de Coimbra
21:15 horas – TVI
Sábado, 14 de Abril

17:15 horas – TV Cultura

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publicado às 17:26

Cabo Verde - UM

por neves, aj, em 08.04.07

CABO VERDE
... n' A Viagem e cá do alto vimos as ilhas parecendo-nos simples pontos inertes no meio da vastidão azul do Atlântico, mas puro engano, elas são plenas de beleza muito viva...

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket SODADE – Cesária Évora
República de Cabo Verde


Publicado na Revista UM - Universo Masculino e transcrito, na íntegra, por o acesso ser restrito


Cabo Verde, um império de rochas e águas.
Crateras vulcânicas, picos e enormes rochedos - tudo isso encravado no Oceano Atlântico, entre o Brasil e o Senegal, na África. O cenário aparentemente uniforme para o turista de primeira viagem esconde uma grande diversidade geográfica e de culturas. E é repleto de atrações


texto e fotos HEITOR e SILVIA REALI

 

CABO VERDE - FOTOS

É até fácil chegar a Cabo Verde. Precisa-se apenas de uma escala em Fortaleza. De lá para o arquipélago são três horas e meia de vôo. Suas dez ilhas principais, localizadas no Atlântico entre o litoral brasileiro e o do Senegal, na África, estão divididas em dois grupos de acordo com a incidência dos ventos alísios. As de Barlavento incluem São Vicente, Santo Antão, Santa Luzia, São Nicolau, Sal e Boavista. E em Sotavento são as de Maio, Santiago, Fogo e Brava. Cada ilha tem sua própria fascinação.

Já ao desembarcar na Ilha do Sal, na Vila de Espargos, e seguir até o povoado de Santa Maria, ao sul, a sensação de beleza está vinculada à pureza da paisagem. Este é um fator que valoriza o local e realça a luminosidade uniforme do sol – ela não se altera mesmo durante o dia todo. As cenas que se descortinam em alguns povoados dessa ilha abrem-se a partir da singela arquitetura, com edificações de dois pavimentos e amplas janelas. Lembram filmes iranianos, aliás, com alguma razão, pois no arquipélago, além da predominância portuguesa, existe a muçulmana da África. Santa Maria constitui o mais importante centro do turismo cabo-verdiano. Nos 8 quilômetros por onde se estendem suas praias de areias claras e macias estão os principais hotéis do arquipélago.

Uma viagem gastronômica e musical passa pelas barraquinhas desta orla, provando-se peixes com os diversos temperos e condimentos da cozinha africana, bem como o prato tradicional de Cabo Verde, a “cachupa”. É um tipo de cozido à portuguesa, preparado com milho amassado no pilão e ao qual se juntam feijões, verduras, carne e toucinho. Cada quiosque também se esmera na apresentação de músicas ao vivo. Os ventos ajudam a empurrar o turismo nesta ilha e impulsionam os esportes náuticos, como a vela, o windsurfe e o kitesurfe. Esta praia e a de São Pedro na Ilha de São Vicente, aliás, sediam etapas do circuito internacional do windsurfe.

Outro esporte praticado na ilha é o off-road. E nesse caso não há escolha. Ou o turista encara ou não vai a lugar nenhum. De superfície árida, plana, rochosa, arenosa e boa parte sem trilhas, a ilha obriga a esta atividade, mas oferece muitas alternativas de trajeto. Alugamos uma Toyota e percorremos essa planície que, sob a refração da luz, mais parecia uma lagoa transparente desfeita em vapores. Uma hora depois alcançamos a Buracona, meca dos mergulhadores. Foi como entrar numa miragem. Essa piscina natural encravada nas rochas, ao lado de ondas que estouram nos paredões de pedra, é entrada de cavernas submersas para mergulhadores experientes à procura de peixes arcoirizados. Outra prática que vem à tona é o mergulho nos bancos de corais que circundam boa parte da ilha.

De volta à estrada, agora vamos em direção ao ponto turístico mais importante da ilha e talvez de todo o arquipélago – as Salinas de Pedra do Lume, distante 20 km de Buracona. O nome Ilha do Sal não é à toa. Deve-se à sua grande quantidade de salinas de onde se retirou, durante boa parte do século passado, seu principal produto de exportação. A salitreira Pedra do Lume está no interior da cratera de um vulcão extinto, quase ao nível do mar. Por osmose as águas salgadas do oceano são transferidas para o interior da cratera, criando uma infinidade de pequenas lagoas com cores deslumbrantes. Todos os programas turísticos rendem pelo menos meio dia nessas águas, cujas propriedades curativas e estéticas são reconhecidas em todo o mundo. São indicadas para ativar a circulação e como esfoliante natural para a pele.

NOVA HISTÓRIA

CABO VERDE PASSOU A INVESTIR EM TURISMO APÓS SE LIBERTAR DE PORTUGAL
Erupções vulcânicas fizeram seus cumes se transformarem em ilhas que se elevam até a 1.400 metros de altura, localizadas no Oceano Atlântico, a 450 km do litoral africano de Senegal. Foram os portugueses que a partir das Grandes Navegações em 1460 colocaram essas ilhas – Cabo Verde – no mapa. Estabeleceram então as primeiras colônias que logo tornariam o território em próspero centro de comércio de escravos para as Américas. O declínio dessas ilhas surgiu em meados do século seguinte, quando a Coroa Portuguesa começou a trazer diretamente da Costa da Guiné os escravos, sem parar mais nos portos do arquipélago. Em 1975, Cabo Verde se libertou de Portugal, e passou a investir no turismo, hoje sua principal fonte de divisas.

CADERNO DE ANOTAÇÕES

O QUE VOCÊ PRECISA PARA VIAJAR ATÉ LÁ
VISTO: O visto de entrada pode ser providenciado no Brasil, ou no aeroporto de Praia, na Ilha de Santiago, ao custo de US$ 60.
COMO CHEGAR: A TACV, Companhia Aérea de Cabo Verde (11-3123-1800), tem dois vôos semanais, às terças e sextas, saindo de Fortaleza para Praia. Preços a partir de US$ 834, ida e volta. As passagens aéreas de ilha para ilha variam muito e é aconselhável comprar os bilhetes no Brasil.
ONDE FICAR: Uma boa sugestão é utilizar a rede hoteleira Oásis Atlântico (tel. 238-261-4153/ 3777, www.oasisatlantico.com) com hotéis nas principais cidades do arquipélago. Onde comer: Os restaurantes e bares das principais cidades oferecem um cardápio variado, principalmente à base de peixes e frutos do mar.
PASSEIOS: Na Ilhas do Sal e de São Vicente, os 4x4 são indispensáveis. O aluguel de uma Toyota simples, com seguro total e com 80 km incluídos, sai na faixa de 100 euros. Pode-se fazer um tour organizado, ao preço médio de 40 euros por pessoa. Nas outras ilhas a recomendação é, dependendo do seu programa, combinar um preço com o taxista ou procurar uma agência de turismo.
DICAS: Não esqueça de levar roupas leves e protetor solar, pois o sol em Cabo Verde não costuma tirar férias, e sandálias de borracha ou plástico para nadar nas salinas – os cristais de sal machucam os pés. Prefira levar euros em vez de dólares, pois o câmbio é mais favorável à moeda européia.





A NATUREZA É UM LUXO EM CABO VERDE – mas o país tem muito mais. A começar pelo povo, espontâneo, que ama música e a boa vida. O idioma é o crioulo, mescla de português com dialetos africanos. As mulheres são geralmente fortes, bem torneadas, como se fundidas em bronze. Têm olhos levemente puxados, adoram se vestir com cores vivas e quase sempre usam os cabelos trabalhados em tererê, no qual fitas e contas criam um divertido grafismo. Um exemplo da simplicidade nobre da população é que ao deixar Sal, minimalista, natural, solar, descomplicada e pura, puxei conversa com o cabo-verdiano a meu lado: “O que eles plantam nesta ilha?”. “Nada, os agricultores ali só cultivam o verão – o ano todo.”

A viagem aérea para a Ilha de Santiago é curta, de meia hora, mas o excesso de imagens a afasta de Sal. A maior ilha desse arquipélago e onde se localiza a capital do país, Praia, é recheada de frondosos vales, de montanhas florestadas. Seu ponto mais alto, o Pico da Antonia, tem 1.400 metros.

Em Santiago o trânsito é caótico e barulhento. O que marca presença ali é a história, pois suas terras foram palco de tráfico de escravos. A carta na manga para um itinerário em Santiago é rumar para o norte, mais precisamente para a cidade litorânea de Tarrafal e sua praia homônima, considerada a melhor do pedaço. Da capital até esta cidade são apenas 70 quilômetros. No trajeto estão os povoados de Assomada com seu mercado de rua e o de Ribeira dos Engenhos. Aqui se pode conhecer Cabo Verde na sua autenticidade: o passado, a tradição e a culinária.

Mindelo, a principal cidade de São Vicente, tem tudo para ser um estouro de bilheteria. Localizada numa baía de águas cristalinas e de azul profundo, exibe casario colonial e charme francês, ruas limpas, mercado de especiarias e outro de peixes e lagostas, que se situa ao lado de uma réplica da Torre de Belém, de Lisboa. A cidade é festiva e prova disso é que seu povo hospitaleiro realiza um dos melhores carnavais da África. Também é famosa por ser um lugar de poetas e artistas. Lá nasceu a maior expressão da música cabo-verdiana, a cantora Cesária Évora.

A poucos quilômetros de Mindelo podemos encontrar diversas praias que mostram porque São Vicente quer se transformar em destino obrigatório de todos os viajantes que aportam no arquipélago. Na região leste está a Baía das Gatas, com águas esverdeadas envoltas por negros cumes vulcânicos. Do outro lado da ilha, a pequena aldeia de pescadores, Calhau, é lugar agradável que sugere banhos de mar numa praia de traços muito diferentes do que se vê nas brasileiras – só rochas. No entanto, para aqueles que não arredam pé da areia, São Vicente apresenta São Pedro. Ali ondas azuis-turquesa expõem grossos degraus de espumas. São Pedro chama os pescadores, e os bares do lugarejo nos convidam, com seus petiscos e sua atmosfera, a passar o dia inteiro curtindo tamanho encanto. O encanto de Cabo Verde.



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publicado às 14:22



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