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letra FMI - José Mário Branco

por neves, aj, em 09.05.07

Photo Sharing and Video Hosting at PhotobucketVou, vou-vos mostrar mais um pedaço da minha vida, um pedaço um pouco especial, trata-se de um texto que foi escrito, assim, de um só jorro, numa noite de Fevereiro de 79, e que talvez tenha um ou outro pormenor que já não é muito actual. Eu vou-vos dar o texto tal e qual como eu o escrevi nessa altura, sem ter modificado nada, por isso vos peço que não se deixem distrair por esses pormenores que possam ser já não muito actuais e que isso não contribua para desviar a vossa atenção do que me parece ser o essencial neste texto.
Chama-se FMI.
Quer dizer: Fundo Monetário Internacional.
Não sei porque é que se riem, é uma organização democrática dos países todos, que se reúnem, como as pessoas, em torno de uma mesa para discutir os seus assuntos, e no fim tomar as decisões que interessam a todos...
É o internacionalismo monetário!

OUVIR MÚSICA


FMI


Cachucho não é coisa que me traga a mim
Mais novidade do que lagostim
Nariz que reconhece o cheiro do pilim
Distingue bem o Mortimore do Meirim
A produtividade, ora aí está, quer dizer
Há tanto nesta terra que ainda está por fazer
Entrar por aí a dentro, analisar, e então
Do meu 'attachi-case' sai a solução!

FMI Não há graça que não faça o FMI
FMI O bombástico de plástico para si
FMI Não há força que retorça o FMI

Discreto e ordenado mas nem por isso fraco
Eis a imagem 'on the rocks' do cancro do tabaco
Enfio uma gravata em cada fato-macaco
E meto o pessoal todo no mesmo saco
A produtividade, ora aí está, quer dizer
Não ando aqui a brincar, não há tempo a perder
Batendo o pé na casa, espanador na mão
É só desinfectar em superprodução!

FMI Não há truque que não lucre ao FMI
FMI O heróico paranóico 'hara-quiri'
FMI Panegírico, pro-lírico daqui

Palavras, palavras, palavras e não só
Palavras para si e palavras para dó
A contas com o nada que swingar o sol-e-dó
Depois a criadagem lava o pé e limpa o pó
A produtividade, ora nem mais, célulazinhas cinzentas
Sempre atentas
E levas pela tromba se não te pões a pau
Num encontrão imediato do 3º grau!

FMI Não há lenha que detenha o FMI
FMI Não há ronha que envergonhe o FMI
FMI ...

Entretém-te filho, entretém-te, não desfolhes em vão este malmequer que bem-te-quer, mal-te-quer, vem-te-quer, ovomalt'e-quer, messe gigantesca, vem-te vindo, vi-me na cozinha, vi-me na casa-de-banho, vi-me no Politeama, vi-me no Águia D'ouro, vi-me em toda a parte, vem-te filho, vem-te comer ao olho, vem-te comer à mão, olha os pombinhos pneumáticos que te orgulham por esses cartazes fora, olha a Música no Coração da Indira Gandi, olha o Muchê Dyane que te traz debaixo d'olho, o respeitinho é muito lindo e nós somos um povo de respeito, né filho? Nós somos um povo de respeitinho muito lindo, saímos à rua de cravo na mão sem dar conta de que saímos à rua de cravo na mão a horas certas, né filho? Consolida filho, consolida, enfia-te a horas certas no casarão da Gabriela que o malmequer vai-te tratando do serviço nacional de saúde. Consolida filho, consolida, que o trabalhinho é muito lindo, o teu trabalhinho é muito lindo, é o mais lindo de todos, como o astro, não é filho? O cabrão do astro entra-te pela porta das traseiras, tu tens um gozo do caraças, vais dormir entretido, não é? Pois claro, ganhar forças, ganhar forças para consolidar, para ver se a gente consegue num grande esforço nacional estabilizar esta destabilização filha-da-puta, não é filho? Pois claro! Estás aí a olhar para mim, estás a ver-me dar 33 voltinhas por minuto, pagaste o teu bilhete, pagaste o teu imposto de transação e estás a pensar lá com os teus botões: Este tipo está-me a gozar, este gajo quem é que julga que é? Né filho? Pois não é verdade que tu és um herói desde de nascente? A ti não é qualquer totobola que te enfia o barrete, meu grande safadote! Meu Fernão Mendes Pinto de merda, né filho? Onde está o teu Extremo Oriente, filho? Ah-ni-qui-bé-bé, ah-ni-qui-bó-bó, tu és 'Sepuldra' tu és Adamastor, pois claro, tu sozinho consegues enrabar as Nações Unidas com passaporte de coelho, não é filho? Mal eles sabem, pois é, tu sabes o que é gozar a vida! Entretém-te filho, entretém-te! Deixa-te de políticas que a tua política é o trabalho, trabalhinho, porreirinho da Silva, e salve-se quem puder que a vida é curta e os santos não ajudam quem anda para aqui a encher pneus com este paleio de Sanzala e ritmo de pop-xula, não é filho?
A one, a two, a one two three

FMI dida didadi dadi dadi da didi
FMI ...

Come on you son of a bitch! Come on baby a ver se me comes! Come on Luís Vaz, 'amanda'-lhe com os decassílabos que os senhores já vão ver o que é meterem-se com uma nação de poetas! E zás, enfio-te o Manuel Alegre no Mário Soares, zás, enfio-te o Ary dos Santos no Álvaro de Cunhal, zás, enfio-te o Zé Fanha no Acácio Barreiros, zás, enfio-te a Natalia Correia no Sá Carneiro, zás, enfio-te o Pedro Homem de Melo no Parque Mayer e acabamos todos numa sardinhada ao integralismo Lusitano, a estender o braço, meio Rolão Preto, meio Steve McQueen, ok boss, tudo ok, estamos numa porreira meu, um tripe fenomenal, proibido voltar atrás, viva a liberdade, né filho? Pois, o irreversível, pois claro, o irreversívelzinho, pluralismo a dar com um pau, nada será como dantes, agora todos se chateiam de outra maneira, né filho? Ora que porra, deixa lá correr uma fila ao menos, malta pá, é assim mesmo, cada um a curtir a sua, podia ser tão porreiro, não é? Preocupações, crises políticas pá? A culpa é dos partidos pá! Esta merda dos partidos é que divide a malta pá, pois pá, é só paleio pá, o pessoal na quer é trabalhar pá! Razão tem o Jaime Neves pá! (Olha deixaste cair as chaves do carro!) Pois pá! (Que é essa orelha de preto que tens no porta-chaves?) É pá, deixa-te disso, não destabilizes pá! Eh, faz favor, mais uma bica e um pastel de nata. Uma porra pá, um autentico desastre o 25 de Abril, esta confusão pá, a malta estava sossegadinha, a bica a 15 tostões, a gasosa a sete e coroa... Tá bem, essa merda da pide pá, Tarrafais e o carágo, mas no fim de contas quem é que não colaborava, ah? Quantos bufos é que não havia nesta merda deste país, ah? Quem é que não se calava, quem é que arriscava coiro e cabelo, assim mesmo, o que se chama arriscar, ah? Meia dúzia de líricos, pá, meia dúzia de líricos que acabavam todos a fugir para o estrangeiro, pá, isto é tudo a mesma carneirada! Oh sr. guarda venha cá, á, venha ver o que isto é, é, o barulho que vai aqui, i, o neto a bater na avó, ó, deu-lhe um pontapé no cu, né filho? Tu vais conversando, conversando, que ao menos agora pode-se falar, ou já não se pode? Ou já começaste a fazer a tua revisãozinha constitucional tamanho familiar, ah? Estás desiludido com as promessas de Abril, né? As conquistas de Abril! Eram só paleio a partir do momento que tas começaram a tirar e tu ficaste quietinho, né filho? E tu fizeste como o avestruz, enfiaste a cabeça na areia, não é nada comigo, não é nada comigo, né? E os da frente que se lixem... E é por isso que a tua solução é não ver, é não ouvir, é não querer ver, é não querer entender nada, precisas de paz de consciência, não andas aqui a brincar, né filho? Precisas de ter razão, precisas de atirar as culpas para cima de alguém e atiras as culpas para os da frente, para os do 25 de Abril, para os do 28 de Setembro, para os do 11 de Março, para os do 25 de Novembro, para os do... que dia é hoje, ah?

FMI Dida didadi dadi dadi da didi
FMI ...

Não há português nenhum que não se sinta culpado de qualquer coisa, não é filho? Todos temos culpas no cartório, foi isso que te ensinaram, não é verdade? Esta merda não anda porque a malta, pá, a malta não quer que esta merda ande, tenho dito. A culpa é de todos, a culpa não é de ninguém, não é isto verdade? Quer isto dizer, há culpa de todos em geral e não há culpa de ninguém em particular! Somos todos muita bons no fundo, né? Somos todos uma nação de pecadores e de vendidos, né? Somos todos, ou anti-comunistas ou anti-faxistas, estas coisas até já nem querem dizer nada, ismos para aqui, ismos para acolá, as palavras é só bolinhas de sabão, parole parole parole e o Zé é que se lixa, cá o pintas azeite mexilhão, eu quero lá saber deste paleio vou mas é ao futebol, pronto, viva o Porto, viva o Benfica, Lourosa, Lourosa, Marraças, Marraças, fora o arbitro, gatuno, bora tudo p'ro caralho, razão tinha o Tonico de Bastos para se entreter, né filho? Entretém-te filho, com as tuas viúvas e as tuas órfãs que o teu delegado sindical vai tratando da saúde aos administradores, entretém-te, que o ministro do trabalho trata da saúde aos delegados sindicais, entretém-te filho, que a oposição parlamentar trata da saúde ao ministro do trabalho, entretém-te, que o Eanes trata da saúde à oposição parlamentar, entretém-te, que o FMI trata da saúde ao Eanes, entretém-te filho e vai para a cama descansado que há milhares de gajos inteligentes a pensar em tudo neste mesmo instante, enquanto tu adormeces a não pensar em nada, milhares e milhares de tipos inteligentes e poderosos com computadores, redes de policia secreta, telefones, carros de assalto, exércitos inteiros, congressos universitários, eu sei lá! Podes estar descansado que o Teng Hsiao-Ping está a tratar de ti com o Jimmy Carter, o Brezhnev está a tratar de ti com o João Paulo II, tudo corre bem, a ver quem se vai abotoar com os 25 tostões de riqueza que tu vais produzir amanhã nas tuas oito horas. A ver quem vai ser capaz de convencer de que a culpa é tua e só tua se o teu salário perde valor todos os dias, ou de te convencer de que a culpa é só tua se o teu poder de compra é como o rio de S. Pedro de Moel que se some nas areias em plena praia, ali a 10 metros do mar em maré cheia e nunca consegue desaguar de maneira que se possa dizer: porra, finalmente o rio desaguou! Hão te convencer de que a culpa é tua e tu sem culpa nenhuma, tens tu a ver, tens tu a ver com isso, não é filho? Cada um que se vá safando como puder, é mesmo assim, não é? Tu fazes como os outros, fazes o que tens a fazer, votas à esquerda moderada nas sindicais, votas no centro moderado nas deputais, e votas na direita moderada nas presidenciais! Que mais querem eles, que lhe ofereças a Europa no natal?! Era o que faltava! É assim mesmo, julgam que te levam de mercedes, ora toma, para safado, safado e meio, né filho? Nem para a frente nem para trás e eles que tratem do resto, os gatunos, que são pagos para isso, né? Claro! Que se lixem as alternativas, para trabalho já me chega. Entretém-te meu anjinho, entretém-te, que eles são inteligentes, eles ajudam, eles emprestam, eles decidem por ti, decidem tudo por ti, se hás-de construir barcos para a Polónia ou cabeças de alfinete para a Suécia, se hás-de plantar tomate para o Canada ou eucaliptos para o Japão, descansa que eles tratam disso, se hás-de comer bacalhau só nos anos bissextos ou hás-de beber vinho sintético de Alguidares-de-Baixo! Descansa, não penses em mais nada, que até neste país de pelintras se acho normal haver mãos desempregadas e se acha inevitável haver terras por cultivar! Descontrai baby, come on descontrai, arrefinfa-lhe o Bruce Lee, arrefinfa-lhe a macrobiótica, o biorritmo, o euroscópio, dois ou três ofeneologistas, um gigante da ilha de Páscoa e uma Grace do Mónaco de vez em quando para dar as boas festas às criancinhas! Piramiza filho, piramiza, antes que os chatos fujam todos para o Egipto, que assim é que tu te fazes um homenzinho e até já pagas multa se não fores ao recenseamento. Pois pá, isto é um país de analfabetos, pá! Dá-lhe no Travolta, dá-lhe no disco-sound, dá-lhe no pop-xula, pop-xula pop-xula, iehh iehh, J. Pimenta forever! Quanto menos souberes a quantas andas melhor para ti, não te chega para o bife? Antes no talho do que na farmácia; não te chega para a farmácia? Antes na farmácia do que no tribunal; não te chega para o tribunal? Antes a multa do que a morte; não te chega para o cangalheiro? Antes para a cova do que para não sei quem que há-de vir, cabrões de vindouros, ah? Sempre a merda do futuro, a merda do futuro, e eu ah? Que é que eu ando aqui a fazer? Digam lá, e eu? José Mário Branco, 37 anos, isto é que é uma porra, anda aqui um gajo cheio de boas intenções, a pregar aos peixinhos, a arriscar o pêlo, e depois? É só porrada e mal viver é? O menino é mal criado, o menino é 'pequeno burguês', o menino pertence a uma classe sem futuro histórico... Eu sou parvo ou quê? Quero ser feliz porra, quero ser feliz agora, que se foda o futuro, que se foda o progresso, mais vale só do que mal acompanhado, vá mandem-me lavar as mãos antes de ir para a mesa, filhos da puta de progressistas do caralho da revolução que vos foda a todos! Deixem-me em paz porra, deixem-me em paz e sossego, não me emprenhem mais pelos ouvidos caralho, não há paciência, não há paciência, deixem-me em paz caralho, saiam daqui, deixem-me sozinho, só um minuto, vão vender jornais e governos e greves e sindicatos e policias e generais para o raio que vos parta! Deixem-me sozinho, filhos da puta, deixem só um bocadinho, deixem-me só para sempre, tratem da vossa vida que eu trato da minha, pronto, já chega, sossego porra, silêncio porra, deixem-me só, deixem-me só, deixem-me só, deixem-me morrer descansado. Eu quero lá saber do Artur Agostinho e do Humberto Delgado, eu quero lá saber do Benfica e do bispo do Porto, eu quero se lixe o 13 de Maio e o 5 de Outubro e o Melo Antunes e a rainha de Inglaterra e o Santiago Carrilho e a Vera Lagoa, deixem-me só porra, rua, larguem-me, zórpila o fígado, arreda, 'terneio' Satanás, filhos da puta. Eu quero morrer sozinho ouviram? Eu quero morrer, eu quero que se foda o FMI, eu quero lá saber do FMI, eu quero que o FMI se foda, eu quero lá saber que o FMI me foda a mim, eu vou mas é votar no Pinheiro de Azevedo se eu tornar a ir para o hospital, pronto, bardamerda o FMI, o FMI é só um pretexto vosso seus cabrões, o FMI não existe, o FMI nunca aterrou na Portela coisa nenhuma, o FMI é uma finta vossa para virem para aqui com esse paleio, rua, desandem daqui para fora, a culpa é vossa, a culpa é vossa, a culpa é vossa, a culpa é vossa, a culpa é vossa, a culpa é vossa, oh mãe, oh mãe, oh mãe, oh mãe, oh mãe, oh mãe, oh mãe...

Mãe, eu quero ficar sozinho... Mãe, não quero pensar mais... Mãe, eu quero morrer mãe.
Eu quero desnascer, ir-me embora, sem ter que me ir embora. Mãe, por favor, tudo menos a casa em vez de mim, outro maldito que não sou senão este tempo que decorre entre fugir de me encontrar e de me encontrar fugindo, de quê mãe? Diz, são coisas que se me perguntem? Não pode haver razão para tanto sofrimento. E se inventássemos o mar de volta, e se inventássemos partir, para regressar. Partir e aí nessa viajem ressuscitar da morte às arrecuas que me deste. Partida para ganhar, partida de acordar, abrir os olhos, numa ânsia colectiva de tudo fecundar, terra, mar, mãe... Lembrar como o mar nos ensinava a sonhar alto, lembrar nota a nota o canto das sereias, lembrar o depois do adeus, e o frágil e ingénuo cravo da Rua do Arsenal, lembrar cada lágrima, cada abraço, cada morte, cada traição, partir aqui com a ciência toda do passado, partir, aqui, para ficar...

Assim mesmo, como entrevi um dia, a chorar de alegria, de esperança precoce e intranquila, o azul dos operários da Lisnave a desfilar, gritando ódio apenas ao vazio, exército de amor e capacetes, assim mesmo na Praça de Londres o soldado lhes falou: Olá camaradas, somos trabalhadores, eles não conseguiram fazer-nos esquecer, aqui está a minha arma para vos servir. Assim mesmo, por detrás das colinas onde o verde está à espera se levantam antiquíssimos rumores, as festas e os suores, os bombos de lava-colhos, assim mesmo senti um dia, a chorar de alegria, de esperança precoce e intranquila, o bater inexorável dos corações produtores, os tambores. De quem é o carvalhal? É nosso! Assim te quero cantar, mar antigo a que regresso. Neste cais está arrimado o barco sonho em que voltei. Neste cais eu encontrei a margem do outro lado, Grandola Vila Morena. Diz lá, valeu a pena a travessia? Valeu pois.

Pela vaga de fundo se sumiu o futuro histórico da minha classe, no fundo deste mar, encontrareis tesouros recuperados, de mim que estou a chegar do lado de lá para ir convosco. Tesouros infindáveis que vos trago de longe e que são vossos, o meu canto e a palavra, o meu sonho é a luz que vem do fim do mundo, dos vossos antepassados que ainda não nasceram. A minha arte é estar aqui convosco e ser-vos alimento e companhia na viagem para estar aqui de vez. Sou português, pequeno burguês de origem, filho de professores primários, artista de variedades, compositor popular, aprendiz de feiticeiro, faltam-me dentes. Sou o Zé Mário Branco, 37 anos, do Porto, muito mais vivo que morto, contai com isto de mim para cantar e para o resto.

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publicado às 20:16

Quem é ele?

por neves, aj, em 08.05.07

Photo Sharing and Video Hosting at PhotobucketSenhor dos defeitos e das qualidades, bem e mal amado e controverso quanto baste, ele é um dos (dois) portugueses actualmente mais badalados em todo o mundo. É certo que a sua notabilização (dos dois) é em campo bem diferente das letras ou das ciências, e que dele (deles) jamais poderemos esperar um Nobel, mas a projecção que ambos dão ao nosso país é enorme e o nome de Portugal é badalado pelos quatro cantos do mundo.
Enquanto vão espalhando arte por terras de sua majestade, arte esta devidamente reconhecida e publicitada
entre pares, especula-se sobre o futuro das duas estrelas... se o regresso do Príncipe da Ilha é impensável, já o retorno a Portugal do Lorde de Setúbal é de levar seriamente em conta tanto que o general da Nossa Selecção, em pura jogada deslocada no tempo e desprovida de ética perante o actual comandante canarinho, não se escusou a levantar a ponta do véu que cobre religiosamente os mistérios da Praça da Alegria.

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publicado às 07:52

A fauna no futebol

por neves, aj, em 07.05.07

Enquanto o Dragão do amigo Spiritwolf cavalga pleno de fogo na venta a caminho das alturas, os nossos Pinguins, cabisbaixos e já resignados, preparam-se para o mergulho que os trará a águas regionais... quiçá para retemperar e regressarem com muito mais força no próximo ano.

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São coisas de futebol, ora, onde para haver vencedores tem que haver vencidos. Hoje uns, amanhã outros.

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publicado às 22:25

Passeando em Sta Comba

por neves, aj, em 07.05.07

Passeando em Santa Comba Dão é nome de filme em vídeo que descobrimos no YouTube e é assinado por João Tilly.

Photo Sharing and Video Hosting at PhotobucketNão sabemos se o João Tilly tem raízes por Sta Comba, só sabemos que ele é lá dos lados de Seia e que é um companheiro nestas andanças da blogosfera, esse espaço imaginário que não sabemos se éredondo nem sabemos se é assim que o devemos denominar.
No meio de tanta dúvida, sabemos isso sim que as leis da cortesia e do reconhecimento nos levam a agradecer ao João Tilly por ter homenageado a nossa ditosa cidade e de cujo vídeo fizemos cópias apresentadas aqui nas versões .flv e .wmv.

Entre parêntesis, voltamos a frisar que temos a preocupação de (quase sempre) fazer duas cópias em diferentes versões já que nem todos os internautas (os tempos mudaram caro Camões) têm possibilidades de visionar na perfeição os vídeos em extensão .flv... nós somos um dos exemplos e até sabemos porquê. Um dia destes diremos como fazemos e também explicaremos como guardar  um ficheiro do YouTube no disco do nosso PC (Personal Computer).

Em final de passeio, retribuimos a amabilidade ao João Tilly divulgando a sua página de vídeos hospedados no YouTube e, porque achámos deveras interessante e elucidativa, a sua intervenção (deCravo Vermelho ao peito) na Assembleia Municipal de Seia aquando das Comemorações do 25 de Abril neste ano de 2007 onde começa por nos falar  "do apodrecimento natural de uma sociedade sobrevivente à 2ª guerra mundial embora a ela poupada por quem, apesar disso, a não poupou à fome, ao atraso e ao descrédito internacionais, ostracismo de que a frase «orgulhosamente sós» é ex-libriis, ainda hoje, em qualquer parte do mundo lusófono."

Livres de escaldantes paixões, meditemos!

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publicado às 10:27

Dia da Mãe, em Portugal

por neves, aj, em 06.05.07

CLICAR

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publicado às 11:37

Coimbra

por neves, aj, em 05.05.07

Momentos de Coimbra para recordar em cada momento

CLICARCoimbra merece
tal como o ECastrinex e o João, os dois amigos santacombadenses a residir por terras coimbrãs que nos vão enviando momentos nostálgicos, mas também de progresso, dacidade que provoca saudades mesmo a quem nunca nela viveu e que, soubemo-lo hoje, é
geminada com a cidade que nos acolheu.

Com Coimbra a gozar os prazeres da Semana Académica não teríamos então melhor oportunidade de colocar no ar aqueles momentos que religiosamente guardamos na pasta das belas recordações.
Ao som de guitarras e vozes compilados em álbum, fazemos a sua apresentação

PONTE PEDONAL PEDRO E INÊS – vídeo (.flv.wmv)
PONTE PEDONAL PEDRO E INÊS – fotos em slide (PowerPoint)
COIMBRA HISTÓRICA – fotos em slide (PowerPoint)
ELÉCTRICOS E TROLLEYS DE COIMBRA (1979) – fotos em slide (PowerPoint)
VIAGEM DE ELÉCTRICO POR COIMBRA (1963) – vídeo (.flv .wmv)
UMA VISÃO DIFERENTE DE COIMBRA – vídeo (.flv.wmv)
GUITARRA NA NOITE DE COIMBRA – vídeo (.wmv)
SERENATA – 11 fados/baladas reunidos em álbum (playlist)









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publicado às 21:35

RTPmobile

por neves, aj, em 02.05.07

Reflexões que antecederam este post ou entrada...

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket– Todo o luso mortal ou quase todo sabe que a erre-tê-pê é a televisão pública de Portugal, mas o que nem todo o luso mortal sabe é que agora não é mais Rádio Televisão Portuguesa e sim de Portugal.
Coisas da fusão com a Rádio Difusão Portuguesa (RDP) numa tentativa, dizem, de salvar a(s) empresa(s).
– Todo o luso mortal ou quase todo gosta de afirmar que a RTP é o órgão oficial do Governo que "lá está", que dá prejuízo e que é uma sanguessuga dos dinheiros públicos, mas esquece-se o luso mortal que a RTP foi durante muitos anos a única estação televisiva existente no país que vivia para servir o Estado chamado de Novo e que para assistir à emissão tinha esse luso mortal de pagar, talvez pelo luxo, uma taxa anual.
Esquece-se também o luso mortal que naquele tempo cinzento apenas via o mundo através de um apertado filtro colocado por um regime em ditadura que, servindo-se desta mesma RTP, dava treta ao Povo com conversas em família intervaladas por constrangedoras mensagens de "Feliz Natal e até ao meu regresso" que os nossos jovens combatentes lá pelos Cus de Judas eram levados a dizer, sabendo o mundo e os próprios que regressariam sim, mas milhares deles mutilados ou envoltos na Bandeira Nacional
– Todo o luso mortal ou quase todo prima em bradar que os programas emitidos pela RTP são uma autêntica bosta e que televisão boa, isso sim, é nas outras, nas emissoras privadas, por talvez lhe servirem mais nus, novelas e mais vida privada das celebridades, mas o que o luso mortal não sabe, até sabe mas evita lembrar e admitir, é que a RTP presta um enorme serviço à Língua Portuguesa difundindo-a por todo o mundo.

Por estas e por outras, eu tenho saudades da RTP...

Aquelas reflexões introdutórias desencadeadas num repente, ao acaso e em defesa da velhinha estação pública, valeram a pena e vêm muito a propósito porque, estranhamente ou não, tenho momentos na minha vida actual em que chego a sentir saudades da RTP...
(já vos contei mais do que uma vez que não tenho acesso a ela visto a empresa servidora/prestadora de canais televisivos que serve o prédio onde resido e, para minha infelicidade, a que possui maior implantação na cidade de S. Paulo, a NET Cabo, não distribuir a RTPinternacional e ficar-me-ia deveras dispendioso fazer uma baixada da TVA, a empresa que oferece a RTP)
... e, hoje estou feliz, porque por estranha obra do acaso agora posso assistir à dita, via internet.  Esse acaso, paradoxalmente provocado por problemas de acesso à Antena 1, levou-me a deparar  no
site da RTP com uma RTPmobile qualquer que de imediato deduzi ser privilégio, quase luxo, de apenas alguns, que afinal até são bastantes: os possuidores de telemóvel ou celular, em suma de mobile. Bem me enganei. Por acaso, novamente, cliquei num botãozinho e não é que o Windows Media Player abriu revelando-me de imediato imagens da História do Comboio (trem) em Portugal? De investigação em investigação deduzi então que a RTPmobile tem programação própria, mas transmite programas da RTP1 e RTP2, uns em directo (ao vivo) como alguns Telejornais [futebol é que não, devido aos direitos, dizem eles]  e outros programas em diferido ou tape, como por aqui se diz.

E assim cá estou eu a escrever, em felicidade, repito. Revelo a descoberta e, pensando nos que ainda desconhecem, a compartilho... é só clicar no selinho colocado na coluna dos links do Voz do Seven.



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publicado às 11:22

Na "casa-mãe"

por neves, aj, em 02.05.07

Tenebroso
Pela paz e pela harmonia

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publicado às 09:54

Messi - Maradona

por neves, aj, em 01.05.07

Quando em 1986 Maradona pintou o mais célebre dos quadros da arte de bem jogar futebol, no relvado do Azteca na Cidade do México, Lionel Messi ainda não era nascido. Vinte e um anos depois, a milhares de quilómetros na Catalunha, Messi fez cópia "tal qual" à obra do mestre.

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golo de Messi golo de Maradona
2007 1986
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publicado às 17:55

Final taça uefa

por neves, aj, em 01.05.07

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Hampden Park, Glasgow, Escócia

FINAL

16 de Maio
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2-2 (1-3)

Sevilha Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

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publicado às 14:26




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