Voz do Seven 2

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FINAL

23 de Maio
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Ficam já registados os parabéns ao mais velho dos irmãos

Já dissemos que em 1 de Maio se comemora o Dia do Trabalhador, mas não com exclusividade já que outras comemorações acontecem.
Uma delas é na Família Neves à qual este vosso amigo tem a honra de pertencer e cujo nome divulga com orgulho, mas jamais em intenção presunçosa e antes sim em atitude de "contador de histórias" para que os frutos mais novos conheçam e nunca esqueçam as raízes que alimentam a nossa árvore.

A vontade de dissertar sobre as origens é grande (apesar de que no que toca ao nome Neves só posso voar até meu avô Manuel Neves que jamais conheci e que se perdeu pelas terras africanas de Angola), mas hoje é dia de falar do presente e de endereçar os parabéns de aniversário ao mais velho dos quatro irmãos da geração a que pertenço e que me leva à frente uma dúzia de anos (e uns trocados).

Apesar de meu irmão ser apologista da discrição, mas atendendo a que recordar é viver e pretendo que muitos mais anos haja para recordar, faço complemento com a publicação de duas fotos que a nós os dois dizem respeito e que podem ser ampliadas com um clique.

Na foto da esquerda, captada mesmo em frente da nossa casa, uma casa Neves construída pelo clã Alves Ferreira da parte de minha mãe, salta imediatamente à vista, por destaque, o puto mais novo que sou eu (em traje domingueiro e de venta torcida) amparado pelo meu irmão aniversariante de hoje. É possível ainda recordar a Rua do Outeirinho de há quarenta e muitos anos em terra batida e hoje calcetada com cubos de granito. Encostado ao extinto muro que deu lugar a um outro mais para dentro da Quinta do Sr. Branquinho está um outro meu irmão.

esta é a marca registada deixada por meu pai, Zé Neves, na vasta obra de alfaiataria que executou

Já na foto da direita é o perfil do gorducho de cabecinha bem talhada que rouba a cena (desculpem a imodéstia), mas a sua publicação quer é registar o momento em que meu irmão, o aniversariante de hoje, testemunhou a minha entrada para a Igreja Católica (Abril de 1956, penso)... ele tinha doze anos e eu 5 meses.

Aquele abraço e até ao escrito do próximo ano!

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É sinónimo universal de Dia do Trabalhador e nas regiões do Mundo onde a Democracia não está ausente é também dia feriado e dia de comemorações.
Antigamente em Portugal o Dia do Trabalhador não era comemorado e não se julgue que por esquecimento ou falta de vontade da gente trabalhadora do nosso país... o que faltava para animar a malta era uma das premissas apontadas acima, a Democracia que Abril nos trouxe. No entanto, mesmo naquele tempo, este primeiro dia do mês de Maio não passava completamente desapercebido a todos, já que pelo menos uma classe de trabalhadores, os das indústrias gráficas, tinham este dia dedicado à sua maravilhosa profissão.

Bela e apaixonante, acrescentamos, já que temos conhecimento de causa suficiente para o afirmar... nós próprios chegámos a ensaiar passos de composição de coisas simples como cartões de visita ou fitas de homenagem para as coroas de flores de defuntos e até passos (bem lentos) de impressão em máquina (impressora) bem antiga que via obrigatoriamente a sua velocidade reduzida para passo de caracol, não fôssemos nós entalar os dedos entre a "prancheta" que levava o papel e a estrutura da própria máquina onde se encontravam os caracteres metálicos que, pintados por rolos de tinta, escreviam no papel as intenções do compositor.

caracteres tipográficos

Momentos inesquecíveis da adolescência que hoje recordamos e que só foram possíveis graças à grande amizade que sempre nos uniu ao Fernando, operário em pequena tipografia por onde passávamos, obrigatoriamente, todos os dias a caminho do colégio Academus, na altura ainda particular visto que só bem mais tarde com as conquistas de Abril é que a Escola escancarou as suas portas a todos.

Em final de entrada dedicada ao Dia do Trabalhador vai então aquele grande abraço para o grande amigo "Barrigas", o compositor de artes gráficas, dragão de sete costados com filho benfiquista e companheiro de muitas andanças.

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No futebol, a eternidade não existe (as chicotadas psicológicas o provam) e convenhamos que seria impensável, para bem de todas as partes,que ela existisse. Após três, quatro, meia-dúzia de anos é normal que se mude de ares. É lógico, assim, que depois de cumprir a sua missão que passou pelo "arrumar da casa", Felipe Scolari queira rumar a outras paragens. Só que há momentos próprios para o anunciar e, quanto a nós Scolari foi Felipinho  já que ainda rola o apuramento da Selecção Nacional Portuguesa para o Euro 2008  e mais grave foi a sua atitude ao "oferecer-se" para comandar a Selecção do Brasil quando a posição de Dunga ainda anda rodeada de muita desconfiança.
Infeliz caro Scolari.

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