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Já dizia ooutro: que me interessa que falem mal de mim, se falam?
Parece que não nos enganámos, no entanto admitimos que toda esta nossa prosa poderá ir por água abaixo setal pedido tiver sido construído por palavras meramente circunstanciais...custa a acreditar, mas... vá lásaber-se.Juramos a pés juntos que estaentrada nada tem a ver com uma anterior quecolocámos no Voz do Sevensapo.pt, já que é certo e sabidoque o Papa Bento XVI nada quer compreservativos, condenando inclusive o seu uso... posições firmes e radicais,digamos que fundamentalistas, completamentefora do mundo real que vivemos mas que a liberdade de opinião (e de escolha)que defendemos nos leva a admitir.
O que nos leva a fazer estareferência a Sua Santidadeé o aparecimento na nossa mente de uma dúvida, acentuada diga-se, perguntando-nos serealmente tudo irá bem por Roma, se os assessores papais são fiéis, se naverdade possuem capacidade para desempenhar o cargo ou se o Vaticano sofre, por vezes, de amnésia.
Passamos a explicar:
numbelo dia vem o assessor pessoal (do Papa) falar-nos da ameaçado islamismo ao alertar-nos contra os perigos da sua expansão pregando então que "... não podemos negar as tentativas doislamismo de se estender pelo Ocidente e não deveríamos ser muitocompreensivos a ponto de não ver que isso ameaça a identidade da Europa".
passadosuns dias eis que, pela sua própria voz, o Papa Bento XVI vem pedir alibertação de reféns que se encontram nas mãos de militantes islâmicos doAfeganistão, os apelidados rebeldes talibãs ou talibans.
Quer dizer:primeiro trata-se de lançar bases para a formação de uma nova cruzada contrao mundo islâmico e depois vai-se pedir aos seus seguidores que sejam bonsrapazinhos?
Não dá para entender.
Sinceramentecremos que esta Voz de Papa, mesmo que chegue ao Céu, não vai chegar a maislugar algum. Por outro lado, acreditamos que não seria mau de todo que osassessores aprendessem alguns provérbios, como este que não sei se é deexclusividade lusitana e que já conhecemos desde a infância: não é com vinagre que seapanham moscas.
| SÉRGIO GODINHO | |||
(ligar o som) |
CORO DAS VELHAS Ia eu pelo concelho de Caminha Cá se vai andando | E saúde, eu tenho p'ra dar e vender |
Faz frio em S. Paulo.
Bastante em relação àquele que eu havia experimentado até agora por estasterras tropicais, mas afinal estamos no Inverno.
Dizem que as máximas são asmais baixas registadas desde 1991.
De vez os cépticos se convençam que noBrasil não se registam unicamente temperaturas altas: o Sul e o Sudeste (S.Paulo) do país têm invernos, apesar de que estes que sinto agora na pele comparados àqueles aque eu estava habituado são pêra doce.
Não estou descontente, até dá para matar saudades do vento cortante dasbeiras. No entanto, outro dia sentifrio, muito frio... devia estar fragilizado,talvez.
Hoje já estou em forma e até parece que a coisa vai mudar: o Soltrespassando as vidraças aquece-me o rosto.
Bem vindo Sol.
(a propósitodos monstros vergonhosos que separam os povos viajo a Santa Comba, façoescala em Berlim, dou um salto à Faixa de Gaza e à fronteira EUA-México, e,finalmente, lanço desejo naTríplice Fronteira)
Bom... mas onosso negócio são outros muros, apesar de que tão longadissertação teve o condão de me fazer viajar sem receio algumàs origens. Este escritonasceu a propósito de foto, mais uma, publicada no portal uol e quenos retrata os trabalhos de construção de muro separador entre Israel ePalestina nas proximidades de Belém, curiosamente a cidade considerada berçode uma das mais difundidas filosofias ou ideologias, o Cristianismo, cujo tronco alimentadiversas religiões algumas delas muito difundidas e poderosíssimas como o Catolicismo. A referidafoto, que até abre esta entrada, fez então com que nos interrogássemos dasrazões de não haver contestação mundial. De não ser denunciada nasprimeiras páginas em letras bem gordas a VERGONHOSA CONSTRUÇÃO DE UM MONSTROEM PLENO SÉCULO XXI. De não se levantar um movimento universal e gritar MURONÃO OBRIGADO e/ou MURO JÁ BASTOU UM, O DE BERLIM, NÃO QUEREMOS MAIS NENHUM.Perante o silêncio de cada um de nós e, claro, das organizações, ele, o muro, lá vai sendoconstruindo sem pio, na Paz do Senhor e dos senhores, sem estes senhores donos deste mundo mundano lhe chamaremrestritivo da liberdade, sem o ocidente o apelidar de cortina de ferro, debetão ou açoou de outro material qualquer... tudo em prol, dizem eles os mais poderosos, dasegurança deles dos mais poderosos que, curiosamente, são acobertados por outros ainda mais poderosos. Aproveitando aboleia ou a carona, outrosmuros bem reais se vão construindo (outras separações existem, mas pelo menosnão tão descaradamente visíveis) e o mundo cala, continua calado... comoaquele erguido na fronteira entre México e EstadosUnidos da América de modo, dizem eles os mais poderosos, a combater amigração ilegal para país que, paradoxalmente, foi construído graças aomovimento migratório muito dele através dessa mesma fronteira agora tapada eque na altura não interessava se legal ou não. Outro muroestaria para aqui ser chamado... mas não o é já que acreditamos na palavra doPresidente Lula da Silva quando instado a comentar a construção de um polémicomuro entre o Brasil e o Paraguai de modo a combater o contrabando demercadorias: ''Muro não vai ter. Muro, chega o de Berlim, chega o do México,agora, com os Estados Unidos, chega o da Faixa de Gaza'', disse. ''Nãoqueremos muro.'' Nós tambémnão, Senhor Presidente. (ergue-te ócidade sem muros nemameias...)Há muitosanos, era eu uma criança, no entanto criança com mais de um palmo e meio vistoque já sabia juntar as letras e as sílabas, o meu vizinho do lado, senhorJosé de Almeida, escreveu no jornal Defesa da Beira: "... em Berlim, existeo Muro da Vergonha, no Outeirinho a Vergonha do Muro."
A vida, otempo, não permitiu que o meu vizinho visse cair a vergonha de Berlim (1989),mas a sensibilidade e a irreverência que escreveu naquela altura, há mais de40 anos, aplica-se ainda hoje... basta substituirmos as designações. A propósitodo Muro do Outeirinho devo alertar que não posso precisar se o meu vizinho sr.Almeida se referia ao muro que me recebeu logo após eu ver a luz do Sol pelaprimeira vez se àquele que nasceu no seu lugar e que poderia ser alvo deeventuais críticas. Pouco interessará por agora, o que conta é a voz deprotesto.
No entanto, aofalar do muro e da contribuição dada pelo meu vizinho vejo-me agora obrigado afazer rápida viagem ao passado e a recordar (assinalando) a boa vontade do vizinhoda frente, senhor José Branquinho, que contribuiu também para que oOuteirinho se alindasse e, acima de tudo, se tornasse mais seguro para os seusresidentes... especialmente para as crianças que como eu eram constante fonte depreocupação se saíssemos fora do olhar de nossas mães. Eu, criança com otal palmo e meio, vi cair então o muro torto, bojudo e inseguro que,do outro lado e mesmo em frente de minha casa partia no sentido do Largo doOuteirinho. No seu lugar, melhor dizendo umas boas dezenas de centímetros mais para dentroda Quinta do sr. Branquinho, cresceu outro, mais firme (talvez menosestético) em que o intervaloentre pedras já não era preenchido com barro e sim com argamassa de areia ecimento. Registe-se que nesta empreitada se aproveitou para esventrar a Rua, emfrente a minha casa até teve que ser a tiro, colocando-se então o esgoto domésticoe de águas pluviais e se tal vem aqui a lume é que naquele tempo de qualidadesde vida arredias tais direitos eram considerados luxo. Vem ainda a propósitodizer que a rua em si foialcatifada de cima a baixo com cubos de granito o que até permitia um melhor desempenho nas nossasfuteboladas (feitas, claro, longe dos olhares punidores dos guardas republicanose dos fiscais da câmara) e o Largo foi contemplado com um muro mais bonito e mais alto,também maistranquilizador do coração de nossas mães, e que agora há bem pouco tempoaté ficouainda mais alindado com azulejos em painel.
Nós também não queremos muro em lado algumSENHORES PRESIDENTESDE TODO O MUNDO.
Numa belamanhã de Abril os habitantes de Praga, capital da República Checa, acordaramcom os semáforos da sua cidade vandalizados de uma forma deveras inusitada, masconvenhamos que também artisticamente imaginativa e singular.
Contam os relatosque o prefeito/presidente da câmara lá do sítio depressa tratou de reparartamanha audácia dos amigos da noite não só por, certamente, achar estamanifestação de arte como uma indecente devassidão como até poderia levar osseus munícipes a pensar que a liberdade de verter águas tinha tomado as ruasda capital.
Para mais a cidade tinha a obrigatoriedade de se manter engalanadajá que se aproximava o dia de referendar sobre colocação em praça deestátua de médico famoso no mundo que apesar de ter nascido austro-húngaropode ser considerado agora cidadão checo atendendo ao mapa político actual: é que a Freiberg onde o distintonasceu era na altura região (Morávia) integrante do Império Austro-Húngaro,e hoje é Pribor, cidade da República Checa.
Emvias de tal, e comoachamos que nada na vida acontece por acaso, esta irreverência certamenteque muito terá a ver por o cidadão a homenagear dar pelo nome de SigmundFreud, que para além de ser considerado o Pai da Psicanálise esse método(revolucionário para a altura) que investiga as profundezas do psíquico, étambém figura estritamente relacionada com a sexualidade.
Rezam asnotícias que o citado referendo sobre o monumento a Freud teria acontecido emAbril, mas lamentamos não podermos revelar o seu resultado por mais pesquisaque tivéssemos feito. Fica a ilustração (clicar sobre) que, convenhamos, é espectacular enos convida até a olharmos um pouco para dentro de nós próprios em reflexão.
Quanto aos Zoos,as organizações dirigem as suas lutas por espaços maiores e mais próximos dohabitat próprio e natural de cada espécie animal e sabemos nós que muito setem feito. Apologistas da vida animal em liberdade, no seu próprio habitat,não escondemos no entanto que uma visita ao Jardim Zoológico nos encanta...contradições que consideramos normais em mente que agora se preocupa com o quenos rodeia e que nasceu e cresceu num tempo povoado de outras ideias. Cremos que,como o sal e o açúcar e quase tudo na vida, o meio termo será o ideal: criarcondições cada vez mais próximas do ambiente natural dos animais, já que aobservação por perto desses animais também é culturalmente necessário nemque seja mostrar às novas gerações os deveres a ter com a preservaçãoambiental.
Refira-se, emcomentário final, que esta redacção foi desencadeada por PowerPoint enviado poramigo e que para além de nos oferecer mensagem plena de bom senso, mas tambémirreverente, trouxe consigo o título que damos à entrada.
HÁBITOS DE RICO E A ARTE DE FURTAR
"os maiores ladrões sãoos que têm por ofício livrar-nos de outros ladrões"
Os dois parágrafossão transcrições de artigo publicado no Diário de Notícias cuja ligaçãonos foi enviada por um grande amigo e que nos fala dedefesa do consumidor e das regras impostas pelos governos e União Europeia de modo a salvaguardaro bem estar desse consumidor... alegadamente... é que essas exigências têm deser pagas e no fim de contas o produto final torna-se mais caro. Assim, forçando todos aessas directrizes que embora tornem os produtos com mais qualidade (em defesa doconsumidor) os mais pobres ficam cada vez mais longe deles enquanto que para osricos esses hábitos até são bem aceites devido às suas possibilidadeseconómicas. Da autoria doProfessor Universitário, João César das Neves, oartigo é de leitura emeditação aconselháveis, digamos que obrigatórias. A propósito eem tons de diversão... como é que nós, mais velhos, conseguimossobreviver?
::Houvetempos em que comprar um carro era para muitos um sonho irrealista. Agora orendimento subiu e o preço desceu. Mas também explodiram as despesasadicionais impostas ao automobilista: cintos de segurança, coletes reflectores,seguros obrigatórios, cadeirinhas para crianças, inspecções periódicas,gasolina sem chumbo, etc, etc...
:: Para as fábricas de embalagens alimentares, exaustores de fumo, livrosescolares, caixilharias de vidros duplos, revestimentos climatizados e tantosoutros, a imposição legal dos seus produtos é um grande negócio. Garagens deinspecção, companhias de seguros, médicos de trabalho, estudos de impactoambiental, licenciamentos camarários e ministeriais, enchem os bolsos à sombrados regulamentos, atrasando e penalizando a vida aos cidadãos que dizemdefender...
Por outraspalavras estão a impor "hábitos de rico que, afinal, torna todos maispobres".