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... e mesmo que não haja uma garrafita borbulhante de Murganheira para fazer o tradicional pum, não deixe o estimado leitor de assinar aquele mágico intervalo em que o velho último segundo se vai e o primeiro do Novo Ano aparece: abrace e beije quem lhe estiver mais à mão desejando-lhe um Feliz 2008 e nem se intimide se for a sogra porque afinal até é ela que mais nos apaparica, que prepara as comidinhas gostosas e até atura os rebentos... não é ela também mãe dos nossos filhos?
Tudo de bom para vós neste 2008 quase a nascer e que terá a particularidade de nos oferecer mais um dia de vida, em Fevereiro. Nervosos e em ansiedade, fumando e errando pela sala de espera da imaginação, resta esclarecer que esta incursão a outros tempos, ao tempo das avós (em imperativa homenagem, tardia mas sempre a tempo) se prende com outro parto, este bem mais difícil e que temos em mãos: a de um esparregado que teima em não querer ser tão saboroso e nem famoso quanto o da avó da filha.
Ao contrário do que se possa pensar a maior parte das vezes são sinónimo de afabilidade e meiguice, pecando talvez por não saberem controlar lá muito bem a força que possuem, mas como não são racionais merecem ser desculpados e antes responsabilizar os seus educadores/tratadores pelos erros cometidos.
O da direita está prestes a ser avaliado em concurso e adora passear de automóvel com a cabeça de fora, segundo diz a proprietária que pelos vistos pode estar bem sossegada da vida quanto a tentativas de aproximações menos correctas da parte de estranhos e se marido houver que se cuide também. Vive nos EUA e porta nome apropriado...Bentley.
Quanto ao da esquerda, aparentemente mais pachorrento, não sabemos a sua nacionalidade ou residência e nem o que faz por ali. Passeando, talvez. A informação que nos chegou via e-mail é que é da raça English Mastiff e que dá pelo nome deHércules, não focando nós mais nada já que o nome fala por si.
:: Qual será o feminino de peixe-boi? [clicar numa das alternativas]
:: Embora talvez outras situações possam haver qual será o maior número conhecido de vogais consecutivas numa palavra da Língua Portuguesa? [clicar numa das alternativas e procurar na letra P]
:: A função do apóstrofo: a querealmente é e aquela outra na perspectiva de alguém muito distraído
:: Redacção ou composição de uma aluna da cadeira de Gramática na Faculdade de Letras
Após a leitura deste primeiro parágrafo o título até poderá parecer completamente descabido, já que de Natal nada tem porque o acontecimento se passou em Abril e milagre também não pode ser considerado já que a Medicina o explica facilmente e, apoiada pelas modernas técnicas actuais, permite a separação de dois irmãos (gémeos) que por um pequeno embaraço na embriogénese vieram ao mundo ligados literal e umbilicalmente, não implicando necessariamente que fosse pela região umbilical.
No entanto se atentarmos bem na enorme felicidade estampada no sorriso orelha a orelha da mãe das duas meninas gémeas ex-xifópagas então sim estamos completamente convencidos que para ela é um milagre, o maior dos milagres talvez, e para si será Milagre de Natal porque pela primeira vez poderá ver cada uma das filhas ir buscar o presente à Árvore de forma independente. Cremos ainda que a sua Fé já lho tinha dito se atentarmos no reconhecimento patenteado nos nomes escolhidos para as meninas: (Vitória) Aparecida e (Mariana de) Fátima.
Felicidades para as três.
(será sempre e quando o quisermos)
Porque é Natal, o moleque teria recebido como presente uma árvore. Corre entusiasmado provavelmente para casa onde muito provavelmente ela ficará tão nua de ornamentos quanto o seu estômago já que estamos em plena África em região onde a fome grassa.
Diz-nos a foto em legenda que é uma rua ou avenida de Harare, capital do Zimbabwe, um país que já fez parte da Rodésia, uma antiga colónia britânica rica em ouro e reivindicada por Portugal, mas que o célebre ultimato inglês nos fez recuar provocando no entanto uma onda de revolta e sentimento anti-britânico (contra os bretões, marchar marchar) que deu força ao movimento republicano que nesta altura (1890) já andava na forja e que eclodiu em 1910, 5 de Outubro.
Ao menino enviamos o agradecimento por nos ter permitido fazer história e também o desejo de que nos tivéssemos equivocado na análise inicial muito esperançados que mesmo com árvore nua o seu estômago tenha recebido agasalho suficiente para viver o Natal.
Bem a tempo porque afinal é Natal e tudo é desculpável.
Diz que se chama Blitzen e que tem sete anos. É nem mais nem menos que a rena encarregada de distribuir os presentes que temos alojados no nosso esnips... façam favor de se servir.
POSTAL MUSICAL I POSTAL MUSICAL II POSTAL VOZ DO SEVEN ILUMINAÇÃO EM RITMO DE ROCK A ÁRVORE NA CIDADE DO PORTO |
Rezam os pergaminhos que tudo teria começado há dois mil e tal anos em Belém naCisjordânia, território palestiniano/palestino ocupado actualmente por Israel.
Aqui vemos a hitórica Belém [clicar na imagem] cada vez mais dividida e murada agora também por um muro físico de betão ou concreto que apropriadamente deveria passar a ser chamado de Muro de Berlém.
Esta é uma daquelas situações em que se pode aplicar a mais optimista e quiçá também mais eloquente das expressões que constam dos calhamaços da sabedoria popular: tiveste sorte, podia ser pior.
Já passámos por isso quando em 1998 ao saltarmos atleticamente uma corrente de ferro elevada aí uns 40 centímetros do solo saboreámos o pó. Bom, o pó como quem diz já que o chão era coberto de duro cimento/concreto e o resultado foi uma fractura no membro superior a nível do cotovelo (mais precisamente no olecrâneo/olecrano do osso cúbito ou ulna do antebraço esquerdo).
Eh pá, que foi isso?... partiste o braço?... como é que aconteceu?
E eu, pela enésima vez lá conseguia arranjar/arrumar pachorra para explicar mais ou menos o tombo perguntando-me mais uma vez porque ninguém se interessava se tinha dores, por exemplo.
Vá lá, podia ser pior...
... é
Uns centímetros mais e podias ficar com o cotovelo inutilizado...
... é mesmo
No meio disto tudo até tiveste sorte, se fosse o direito...
É, sorte do caraças (ou do cacete, como por aqui se diz) andar com o braço pendurado ao pescoço, limitado de movimentos e a calçar as meias com o calcanhar virado para a frente...
... mas olha que era bem pior se tivesse sido um pé ou uma perna... tinhas que andar de muletas...
... ou de cadeira de rodas...
... eia... nem tanto...
... é... há quem desloque uma vértebra por menos... ficar paraplégico...
... exagerado...
... eu?
Realmente perante a calamidade temos sempre sorte, porque a mente humana pródiga em imaginação lá consegue amenizar o azar de terem ido os anéis por terem ficado os dedos. Vejam lá que até na morte, o mal sem cura, a voz do povo é douta e benta procurando suavizar-nos a dor:
... coitado, pelo menos não sofreu...
... é, mas partiu...
... todos temos que ir um dia...
... é, mas ninguém quer tomar a dianteira...
... chato, sempre do contra...
... eu?
Realmente partir sem dor será o mal menor já que do verdadeiro mal não se pode fugir.
Bom, mas ao levarmos a conversa para o nosso cúbito fracturado e da sorte que tivemos por não ter sido também o rádio, o úmero ou todo o membro, pelo menos, desviámo-nos daquilo a que nos propúnhamos: a de noticiar a sorte que esse carapau teve em escapar de ser enlatado e assim partir entalado para o outro mundo.
Podia ser bem pior, pá, tiveste sorte...