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Opinião de Goulart Medeiros

por neves, aj, em 20.01.08

Goulart Medeiros voltou ao nosso convívio.
Eis os seus textos mais recentes.

:: QUEM ACEITA O DESAFIO?
:: VIVEMOS EM DOIS MUNDOS
:: PRECISA-SE DE NOVAS LUTAS
:: SOMOS ANTI-CAPITALISTAS
:: UM ESTILO DE VIDA...
:: ANTI-MILITARISMO

:: DESISTIR É MORRER




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publicado às 17:51

olhos avermelhados

por neves, aj, em 20.01.08

Photobucket... o que melevou logo a descartar a febre amarela, mas as dores no corpo predominantementemusculares, sensação de temperatura elevada, por vezes uns calores apercorrerem-me o corpo que alternam com arrepios, nariz entupido (bastante),andam comigo desde Domingo ou Segunda nem sei bem. Os espirros já meabandonaram mas ao partirem deixaram um nariz abatatado, sensível e apelar-se por tantas vezes ser apertado entre os dedos indicador e polegar.Raramente aparece tosse, mas quando ataca é aflitiva e vem acompanhada de expectoração. Muito por culpa dos cigarros já fumados, certamente.
Terei entãosido contemplado com um resfriado ou uma constipação? Muito provavelmente jáque é normal um resfriado "atacar" o homem, dizem que ao adulto uma ou duas vezes por ano. Em média acompanha-nos por uns 3/4 dias ou uma semana e depois vai embora... é uma doença que apelido de chata pelo desconforto que causa, roubando-nos a (boa) disposição, e que no caso pessoal até me obriga a comer a sopa com bolinhas de algodão nas narinas de forma a impedir que a vaporização liberte muco nasal e este mergulhe na dita.
Descartada que foi a possibilidade de gripe que nós povo tanto confundimos com o resfriado ou constipação, coloquei também fora do baralho, por ausência de mais sinais e/ou sintomas, a carta que eventualmente me poderia pôr a jogar com a dengue, uma doença transmitida pela picada de um mosquito com habitat por terras mais quentes, tropicais e por isso desconhecida em climas temperados como o de Portugal. Vem a propósito contar-vos que a sabedoria popular me disse que se deveria evitar a toma de aspirina para combater as dores de cabeça ou mal estar que me atacaram visto que em caso de dengue o ácido acetilsalicílico (em que é totalmente contra-indicado) pode fazer evoluir a doença para uma forma muito mais severa, a dengue hemorrágica, que pode levar à morte.
Sabia-o bem. O susto em Janeiro de 99 veio-me de imediato à memória, apesar de nada estar relacionado com a dengue já que eu ainda estava por terras lusas. Reinava o Inverno e uma constipação atacou-me. Sem tempo para ficar de cama armei-me de uma caixa com aspirinas e ia tomando, tomando. Uma Segunda-feira tocou o alarme e o branco da sanita (vaso sanitário) ficou completamente pintado de vermelho. Embora preocupado ainda fui dar uma aula. Não sabia que estava a brincar com a vida. Na Escola, fiz uma nova descarga tingida de sangue de um vermelho bem vivo e ainda uma outra. As dores musculares à volta do pescoço tornavam-se seriamente incomodativas quase insuportáveis e apareceu a sede... aquela sede insaciável que jamais vou esquecer. O espelho mostrava-me uma cara pálida, que sabia anémica. Metido em mim e embora já convencido de problema gástrico grave não pedi ajuda e tratei de ir ao Centro de Saúde pelos meus próprios meios arriscando aqui novamente a minha condição de ser vivente. Pelo caminho o acaso ou o tal espírito de sobrevivência de que falam levou-me a um café, a um bar, e pedi uma água gelada. Gelada num dia gélido de Janeiro. Estou convicto que foi dos melhores presentes que dei ao meu organismo. Teria funcionado como que um "tampão" nas mucosas em hemorragia. Mesmo que a Medicina me diga que não eu digo-lhe que sim. À entrada do Centro a minha cabeça encontrou finalmente tranquilidade em ombro amigo: eu já não aguentava, estava exausto e embora nunca tenha chegado ao desmaio sentia-me desorientado, com frio e sede muita sede. Sonda (nasogástrica) daqui e dali mostrava-nos que a lesão, afinal, seria além estômago contrariando (felizmente) os meus medos e primeira hipótese diagnóstica de eventual "rebentamento" de úlcera. No Hospital Distrital de Viseu fiquei a saber que os 11 comprimidos de aspirina (tomados para combater a constipação/resfriado) em conjunto com os anti-inflamatórios (tomados aquando de fractura do braço esquerdo uns meses antes) teriam tratado de desnudar completamente a parte interna do duodeno provocando uma grave hemorragia que a minha teimosia em não pedir ajuda médica imediata agravou seriamente. Demorei mais de meio ano para recuperar e a partir desta situação nunca mais o ácido acetilsalicílico entrou no meu organismo.

Esta foi uma crónica feita preguiçosamente aos empurrões numa tentativa de chamar outras e que se pouco valor possa ter tem pelo menos o condão de vos mostrar que o (mau) exemplo que vos servi vos deve servir de exemplo.


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publicado às 04:53



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