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Dia da Água

por neves, aj, em 22.03.08

PhotobucketAté dói ver que tantos neste planeta necessitem de andar quilómetros em busca do precioso líquido enquanto nós, os burgueses da água encanada ou canalizada, a esbanjamos sem noção. É um problema de criação e torna-se necessário (re)educar, diria hipotético ancião cabo d'ordens em análise ao consumo exagerado de água. Na verdade quando abrimos uma torneira não temos noção alguma, absolutamente nenhuma, do quão importante se torna poupar água. Tornámo-nos animais comodistas e apenas sabemos dizer o quanto ela é importante esquecendo-nos completamente que é imperioso poupá-la, isto se realmente estamos interessados em deixar um planeta habitável para as gerações vindouras. Fazem-se discursos e sermões sobre a importância da água e nas Escolas o Ciclo da Água até merece honras especiais, mas na hora da verdade naquele momento em que deveríamos mudar os hábitos e aplicar pequenas regras básicas de poupança de água, como fechar a torneira do chuveiro enquanto nos ensaboamos ou evitar o uso e abuso da mangueira nas tarefas domésticas, esquecemo-nos completamente dessa tal importância que apregoámos... talvez se tivéssemos, cada um de nós, sido criados como o jovem da imagem certamente que daríamos muito mais valor à água que a todas as outras riquezas que nos cercam.

Finalizamos este alerta sobre a importância de poupar água fazendo ligação a pequeno álbum de fotografias sensibilizadoras e também a acção apelativa de uma ONG. Ainda deixamos mais duas ligações que nos oferecem dicas para economizar água: esta aqui é aoportal UOL e esta ao G1-portal da Globo, recordando aos caros leitores que apesar de ser informação mais virada para o público brasileiro é perfeitamente aplicável a todo o mundo.

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publicado às 15:57

Niassa

por neves, aj, em 22.03.08

PhotobucketNiassa é aqui referido como antigo navio de passageiros pertencente à frota portuguesa, mas é também nome de lago e deprovíncia da ex-colónia portuguesa de Moçambique, que hoje como nação independente tem a denominação de República de Moçambique. Com o eclodir da Guerra Colonial (1961-1974) o paquete Niassa passou a fazer o transporte regular de tropas portuguesas entre a Metrópole (Continente) e as ex-colónias. Em condições precárias transportaria em cada leva dois, três mil homens quedos e mudos com a cabeça cheia de enigmas. Na volta traria outros tantos, mas agora eufóricos, ansiosos e sedentos da terra firme de Lisboa. Quando aportasse no Tejo o navio seria tomado por enorme algazarra e o convés tornar-se-ia demasiado pequeno para tanto homem agora e finalmente crentes no seu regresso são e escorreito daquele longínquo "cu de judas". No entanto, como todos os que rumavam à Metrópole, este mesmo navio também trazia consigo o silêncio em porões escondidos dos olhos dos bravos que regressavam, um silêncio macabro de dezenas, centenas de urnas revestidas a chumbo que encerravam corpos inertes de jovens camaradas.
Mas a imagem miniatura do Niassa que embeleza a entrada não está aqui para falar de uma guerra que estropiou e matou milhares de jovens de ambas as partes e que o regime caquético de Salazar e Marcello não soube pôr cobro. A imagem está aqui porque faz parte de uma apresentação de slides, PowerPoint, intitulada A VELHA FROTA COLONIAL e que me foi enviada por um amigo. Não sei se porventura o amigo João algum dia viajou nele, mas a minha escolha foi assim propositadamente feita porque, aqui sim, sei que o Niassa transportou um dos meus irmãos, só não tenho a certeza se a caminho de Angola se na eufórica chegada a que assisti no Cais de Alcântara em Lisboa. Eu teria então 15 anos, feitos em Novembro e estávamos em Dezembro, e mesmo passados que vão lá quase quarenta anos as imagens afloram-se-me ao cérebro com uma nitidez impressionante e é caso para dizer que lamento imenso ainda não existir tecnologia capaz de traduzir por imagens o que me corre na memória. Poderiam então ver, caros leitores, a cena final de uma épica chegada: caixões despidos de Bandeira Nacional perfilados por todo o convés, não sei quantos mas sei que muitos e os bastantes para me colocarem em sentido, à espera de serem içados e trazidos para o cais sem honra nem respeito por guindaste estivador sujo e porco que abraçava os corpos como se de meras caixas de mercadoria se tratasse. Acreditai ou não, mas a revolta e a raiva iniciada dois anos antes com o início do envio de dezenas de aerogramas cresceu, tomou muito mais forma e cada dia que passava mais eu pensava e matutava que seria o próximo a tomar o caminho... viva Abril que me livrou, e a milhares, de tão maus pensamentos.

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publicado às 10:10

Que será?

por neves, aj, em 22.03.08

PhotobucketDesculpem-nos a publicidade, talvez também a manifestação patriótica, mas não é todos os dias que um filho do pequeno rectângulo à beira Atlântico plantado dá rosto a uma marca internacional para que ela penetre no mercado ocidental.

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publicado às 02:52



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