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A Infância que temos hoje...

por neves, aj, em 26.04.08

quem é Lara Guina

A opinião de LARA GUINA

A infância que temos hoje…

PhotobucketMuito se tem falado ultimamente acerca da depressão, pois nunca esta doença foi tão frequente quanto é hoje. Negada durante muitos anos, a depressão na criança é hoje uma realidade unanimemente aceite pela Psiquiatria e pela Psicologia. A ideia da infância como um período tranquilo, protegido de todas as preocupações, conduziu a que, durante muito tempo, não se pusesse sequer em causa que durante a infância não poderia existir sofrimento psicológico.
Hoje em dia, os pais não têm tempo para brincar ou conversar com os filhos porque chegam tarde a casa e os filhos ou têm de estudar, ver televisão ou jogar consola, o que faz com que as relações de pais e filhos se deteriorem com o tempo. Por vezes as crianças ou adolescentes tentam chamar a atenção dos pais fazendo alguma asneira, com o objectivo de serem repreendidos e de não serem ignorados.
Os pais com os seus problemas e stress no trabalho acabam por não se aperceberem do que se passa no seu ambiente familiar. Andam sempre a correr de um lado para o outro, pois muitos pais têm três empregos ou mais. E quando chegam a casa além dos problemas que trazem, trazem também trabalho para acabar. Isto faz com que os filhos se refugiem no seu mundo e não se relacionem de forma saudável com os seus pais. As crianças sentem-se tristes, aborrecidas, frustradas e podem desenvolver uma depressão infantil.
Quanto mais nova é a criança, maior tendência tem para exprimir corporalmente a sua tristeza, através de dores sem uma explicação física para tal, dificuldades respiratórias, eczemas ou alergias da pele, vómitos. A regressão também poderá ser um sintoma, pois a criança adopta comportamentos que já havia ultrapassado (chupeta, fralda). As dificuldades escolares e de concentração, a falta de confiança em si própria, os sentimentos de inferioridade e o isolamento ocupam um lugar privilegiado na manifestação da angústia que vive. As perturbações do comportamento alimentar e do sono poderão estar também presentes. Assim, a criança pode perder o apetite ou, pelo contrário, surgir um aumento da tomada de alimentos. A criança pode ter dificuldades em adormecer, ter pesadelos ou mesmo terrores nocturnos.
É importante que os pais não se esqueçam que os seus filhos precisam de carinho, atenção e que se sintam amados. Depois do trabalho, os pais, poderão ajudar os filhos na realização dos trabalhos de casa, fazerem actividades em família, como por exemplo, um passeio de bicicleta, um piquenique, por vezes podem tentar sair um pouco mais cedo do trabalho e irem buscar os filhos à escola. Os pais podem pensar que estas pequenas coisas são insignificantes e que os filhos não iriam dar o devido valor aos seus esforços, mas enganam-se, um só gesto destes faz toda a diferença! Se uma criança está deprimida é porque tem falta de amor.

Lara Guina
Psicóloga Clínica

http://laraguina-psicologa.blogspot.com/



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publicado às 19:15

Ignorantes

por neves, aj, em 26.04.08

PhotobucketApesar de continuar alérgico ao Cravo (ao vermelho nem tanto) o Presidente da República não teve pejo em chamar de ignorantes os jovens portugueses no que toca a conhecimentos sobre a Revolução dos Cravos acusando-os ainda de pautarem "pelo total alheamento relativamente ao que era viver num regime autoritário". Em verdade vos dizemos que temos de concordar com esta passagem dodiscurso do Prof. Cavaco Silva na sessão evocativa dos 34 anos do 25 de Abril de 1974 que decorreu na Assembleia da República, o Parlamento Português.
Quem nos lê atentamente (o que nem sempre será fácil, confessamos) sabe que em mais do que uma ocasião afirmámos que um dos nossos temores na sociedade portuguesa é um "regresso ao passado" por falta de esclarecimento da nossa juventude, embora tenhamos complementado que estaria sempre nas nossas mãos, mais velhos, evitá-lo. Já dissemos também que a nós pessoalmente não nos incomoda a exposição pública da gravata ou das botas de Salazar ou de outros que sustentaram aquele regime autoritário e o que temíamos era sim esse "deixa andar", a indiferença, dos nossos jovens que não buscam saber nada de nada do que antes se passou, nem sequer os acontecimentos a que essa gravata e essas botas poderiam ter assistido, acreditando piamente no que os falinhas mansas lhes dizem e alinhando no esquema porque é moda tanto que o mano mais influente do grupo (aquele que veste marcas é craque com as gajas sabe as últimas e todas as outras) também alinha.
No entanto não seremos tão duros de palavras quanto o PR já que o eternamente jovem que cada um transporta nos conta em segredo que esse alheamento da juventude é mais por nossa culpa, de nós mais velhos, e novamente repetimos o que já dissemos: é necessário nós, pais, Escola e sociedade, contar, contar o que os nossos pais nos revelaram e revelar o que sabemos, contar sem medo nem vergonha os nossos temores de então, o que vimos e aquilo de que nos apercebemos e ainda o que lemos sobre esses anos de ditadura que colocaram Portugal não na cauda mas fora da Europa... isto acreditando que o controlo ainda não esteja perdido, que os pais ainda não se tenham deixado embalar pelo embalo daqueles filhos que lhes dizem que agora os tempos são diferentes, que as ideologias acabaram e o make love era pura treta e que agora se faz guerra sim senhor se necessário para revelar o poder, que o que conta é atingir uma boa posição social e económica, o topo, ultrapassando tudo e todos não se questionando sequer se a manobra é mal intencionada, e os outros que se lixem.

Em complemento às palavras do Presidente da República e inspirados, se desejarem influenciados, porcomentário que lemos recentemente virá então bem a propósito recomendar ao Poder Local, no caso específico à nossa Autarquia de Santa Comba Dão, que em próximas comemorações da Revolução do 25 de Abril a Festa seja maior e mais específica, temática, que para além das apetecidas e indispensáveis actividades desportivas que outras estejam presentes: pintura, música, teatro... mas, note-se bem, que também as outras forças, políticas e associativas, não fiquem na indiferença e que em cooperação ou não com o executivo façam algo:

p'la memória, p'lo presente e p'lo futuro, p'lo 25 de Abril, Sempre, por Portugal!

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publicado às 08:43



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