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Já tenho uma!
A Bandeira é um dos símbolos da Pátria, representa-a e quando referida como símbolo deve ser escrita sempre com inicial maiúscula.
Já o disse mais do que uma vez que atravessei o Atlântico sem Bandeira, distracção que aos olhos de um nacionalista ferrenho será provavelmente falta grave, mas que aos olhos deste patriota de manifestações pouco efusivas era problema de somenos importância tanto que trazia dentro do peito aquela que para mim é a maior dasbandeiras: a Língua, oralizada em tons tal como Pessoa. No entanto, quase dois anos depois senti pela primeira vez a falta. Também uma certa dose de vergonha, diga-se, por ver os estabelecimentos comerciais de patrícios nossos (ou seus descendentes) embelezados com a Bandeira e eu não ter uma por mais pequena que fosse para colocar à janela... estávamos no Euro 2004. A Bandeira (vários formatos) O Hino (instrumental e cantado)
Desmazeladamente deixei correr o tempo e em 2006, por alturas do Mundial, a Bandeira continuava ausente desta casa, casa que segundo a Maria está cada vez mais portuguesa. UmaCasa Portuguesa com certeza e de certeza sei que ela não se chateia, tanto mais que lhe adoço a boca com iguarias únicas e próprias do nosso cantinho (leite creme à cabeça) e lhe ofereço gratuitamente História e histórias riquíssimas do nosso Povo, embora como troco já tenha recebido alguns dissabores como o epíteto de "salazar"... bom, nada de mais já que é tudo dito em salutar brincadeira e até me proporciona rápida viagem à ditosa Santa Comba Dão.
A Bandeira.
Bom, o Euro 2008 está aí e mais uma vez me teria de socorrer do engenho e arte para à semelhança do Mundial 2006 construir uma em cartão colorido, obedecendo às devidasnormas, claro. Mas, nem quereis lá saber o que ontem, Sexta-feira, me aconteceu quando o carteiro tocou à campainha (duas vezes, toca sempre duas vezes, né?). Trazia-me ele estranho embrulho em papel pardo do tamanho de um livro (metade de uma folha A4) endereçado, em caligrafia artística que dificilmente já se encontra por aí, a este que vos escreve. Mistério. Claro que de imediato identifiquei o remetente (Algarve, o sobrenome), mas enquanto descascava meticulosamente a embalagem eu perguntava-me com que raio o mais velho dos meus primos direitos tentava surpreender-me.
Ó deuses deste e de todo o universo... uma Bandeira!
Claro que toda a gente já recebeu presentes e toda a gente já torceu o nariz ao par de meias que não precisava ou à loção após barba que não necessitava por andar barbudo (esta é bem verídica), mas também toda a gente já ficou sem palavras de agradecimento por aquele presente ou prenda ser exactamente o que tanto ansiava e, sobretudo, por ter sido surpreendido, alegremente surpreendido, a verdadeira essência do presente.
Assim fiquei ontem e assim radiante ainda me encontro agora enquanto escrevo e a imaginar já a felicidade que irei sentir quando colocar ao alto a Bandeira de 90x60 centímetros que a Maria está a passar a ferro com toda a delicadeza do mundo (após ter feito um seguro de vida eheheh...).
Termino com um simples, mas muito sentido
Obrigado, Marefado!
A Festa Literária Internacional de Paraty (cidade histórica do Estado do Rio de Janeiro) é uma reunião de cultura e arte já reconhecida por esse mundo afora e onde é usual a presença de autores de nacionalidade portuguesa. Este ano (de 2 a 6 de Julho) a representação lusa está a cargo de Inês Pedrosa, natural de Coimbra, que nos éapresentada no sítio oficial como jornalista e escritora, favorável à interrupção voluntária da gravidez (aborto) e ao casamento entre pessoas do mesmo sexo e que em 2005 foi porta-voz oficial da candidatura à Presidência da República Portuguesa de Manuel Alegre, o poeta que semeia canções no vento que passa e o político que resiste e que diz não de modo frontal e sem papas na língua. :: Ligações de interesse: sítio oficial da FLIP, Paraty Turismo e Ecologia, Pepetela no vidas lusófonas. A foto leva a álbum no portal UOL.
Claro que, para além dos autores da casa, a Lusofonia marca ainda presença com autores de outros quadrantes como é o caso do escritor angolanoPepetela já vencedor de um Prémio Camões (1997).