Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Com a Bandeira já hasteada surgiu o desejo de puxar pelos Heróis do Mar e em tons levezinhos fez-se entrada que se quer dedicada a todos os compatriotas mui especialmente aos lusos residentes fora de portas, aos quais também indicamos o caminho do Consulado Virtual, e, ainda aos Viriatos que saíram de Viseu à conquista dos Alpes.
É verdade que a Selecção só joga amanhã, mas hoje, dia 10 de Junho, é que é o Dia de Portugal. Também de Camões e das Comunidades Portuguesas espalhadas pelo mundo. E assim em tons de suave brincadeira em que até vestimos de adepto torcedor da Equipa das Quinas um dos mestres da nossa literatura, dizem que o maior poeta, dêmos então vivas à Nação que embora geograficamente pequenina e espremidinha no extremo ocidental da Europa tem coração maior que mãe para albergar todo o filho onde quer que ele se encontre. Verdade. Somos prova já que mesmo a oito mil quilómetros sentimo-nos aconchegados. Sempre. Curiosamente graças ao Euro 2008 este ano até comemorámos com circunstância aqui no pequeno recanto que ocupamos na enorme urbe de S. Paulo. Como já tínhamos a Bandeira ao alto foi só puxar pelas goelas à velha carcaça onde escrevemos e os acordes d'A Portuguesa fizeram-se ouvir, primeiramente em instrumental e depois cantada e diga-se que, apesar de um pouco envergonhadamente, até nós próprios acompanhámos. C'um raio, se dizem que nunca é tarde para amar também não o será para cantar. Como cereja em cima do bolo atrevemo-nos a recitar p'ra Maria as três primeiras estrofes d' Os Lusíadas, mas tivemos que nos socorrer de cábula (por aqui cola) já que os novembros da memória parece que resolveram chegar todos ao mesmo tempo.
No entanto não se vá pensar que neste preciso momento do Dia de Portugal estamos aqui para cantar os feitos daqueles que partiram da ocidental praia Lusitana e que por mares nunca de antes navegados passaram para além da Taprobana, isso era antigamente lá pelas bandas do Terreiro do Paço quando o dia se chamava de "dia da raça" (denominação curiosamente focada este ano pelo PR, mas isso vai ser peça à parte) e que entre medalhas de bravos serviços e de morto em combate colocadas no peito das viúvas e de pais vergastados de dor ainda se continuava cantando que com perigos e guerras esforçados (mais do que prometia a força humana) entre gente remota tinham edificado um Novo Reino que tanto sublimaram. É um facto que estamos aqui para celebrar o dia dedicado à Pátria, mas em cerimónia simples assinalando a data para não esquecer e sem espírito nacionalista antes patriota, aproveitando ainda para anunciar aos nossos colegas que vivem fora das fronteiras do "torrão-natal" que já navega pela net o Consulado Virtual.
Entrada dedicada a todas as patrícias que exceptuando as vovós de outrora estão em vias de extinção por estas bandas
No Vira de Coimbra, Fernando Machado Soares canta
Ó Portugal que mais queres
Que mais podes desejar,
Quem tem tão lindas mulheres
O teu fado, o teu luar?
Bom, ficamos a dever-vos o luar, porque o Fadoestá aqui e a linda mulher está aí mesmo ao lado em imagem que deve ser clicada para uma apreciação mais cuidada.
... com certeza.
Ó gente da minha terra... livre de pudores e com a naturalidade que a caracteriza...
Adoro este Povo, carago.