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Dia de azar, dizem.
Dia dos gatos pretos, também.
Dizem que se neste dia nos cruzarmos com um destes teremos azar. Bom, tamanha crendice tão idiota não deve funcionar com o gato (preto) do nosso amigo Mário. Apesar de revelar espírito (brincalhão) tem estilo de não fazer mal a uma mosca, ser adepto do make paz e sossego not azar, e parece ser bichano disposto a trocar todos os seus dotes diabólicos por uma boa sesta e uma malga cheia de leite. Azar deve ter ele é quando o Dragão leva na perna e o chefe fica demasiado embeiçado e sorumbático para lhe fazer uma festa.
À falta do gato do Mário por demasiado ocupado nos seus números circenses, tivemos então de improvisar e arranjámos esse aí para assustar um pouco. É tal como diz o velho ditado quem não tem gato preto desenrasca-se ou vira-se com um outro. E verdade seja dita que o nosso até tem bastante de preto, digamos aí 75 por cento. Já seria animal para dar azar que chegasse, no entanto garantimos-vos que já não consegue dar azar algum àqueles que lhe deram guarida. Verdade... podem comprovar aí nesta apresentação de slides a que demos título de OS GUARDIÕES DE RECOLETA.
... um tostãozinho p'ro Santo António
Hoje é dia de Santo António, que apesar de não venerarmos é o "nosso santo" e façam favor de não nos amolarem dizendo que estamos em contradição porque mesmo quem não crê tem direito a um nem que seja para lhe dedicarmos uma quadra:
Ouve lá ó Santo António de Lisboa
Tu que tens fama de casamenteiro
Se o casamento é coisa boa
Porque ficaste tu solteiro?
Confessamos que não sabemos muito bem a história de Santo António que o mundo conhece como de Pádua, porque foi nesta cidade italiana que faleceu, e que nós portugueses, contrariando a nomenclatura da Igreja, baptizámos de Lisboa porque foi onde nasceu. Sabemos, claro, que não nasceu Santo e que certamente até teria feito as suas tropelias, tanto que até era nobre, de seu nome Fernando de Bulhões (tirem o cavalo da chuva que não vai haver quadra), e sabemos nós que naquele tempo da Idade Média um nobre era nobre gente e o Povo era ralé (hoje não são assim tantas as diferenças, mas...). Vá lá saber-se o motivo, mas a verdade é que abandonou a vida faustosa e dedicou-se aos pobres e etcetera e tal. Pronto, nasceu um Santo, quiçá o mais popular e, atrevemo-nos a dizer, dos mais porreiros. Querido e amado por todos até por aqueles que não seguem as suas linhas doutrinais ofereceu o seu nome a montes e montes de gente sendo nós um dos contemplados e, apesar de carregarmos outro nome de santo em verdade vos dizemos que temos muito orgulho de nos chamarmos António sendo, curiosamente, deste modo que somos conhecidos por aqui (só esperamos que S. José não venha a ler esta crónica).
Sendo um "santo dos pobres" (afinal todos os santos o são, talvez para amenizar a dor aos excluídos, oprimidos e marginalizados) claro que tínhamos de embelezar a entrada com algo a puxar p'ro miserável: um faminto pão ressequido em forma de mão de pedinte que foi contemplada com um mísero tostãozinho. No entanto fiquem de olho os desavisados que a imagem faz parte de espectacular e rica apresentação de slides PowerPoint que temos guardada no nosso arquivo e que merece uma apreciação bem aturada da vossa parte bastando pra tal um simples clique aqui em ARTE DIFERENTE como até nós chegou intitulada.
Pronto, fim de papo... e entoando mentalmente "um tostãozinho p'ro Sto António", a cantilena celebrizada no filme Pátio das Cantigas e que também repetimos durante a nossa infância para granjear uns cobres segue um grande abraço para todos os Antónios deste mundo.
Ontem dia 12 de Junho, véspera de Santa António, foi Dia dos Namorados por estas bandas. Foi afinal mais um dia de consumo exagerado em que os chocolates e as flores teriam levado a dianteira. Bom, pelo menos pareceu-nos que foram os produtos mais anunciados nas televisões. Cá por casa nem se ligou ao assunto, apesar de que quando fui comprar "pregos para o caixão" trouxe um sorvete p'ra Maria para servir de sobremesa de um almoço em que se comeram os "restos" de um limitadíssimo Cozido à Portuguesa feito na véspera quando, aqui sim, havia motivos de sobra para ser um almoço diferente já que a Selecção jogava por terras da Suíça. Diga-se que o "cozido", acompanhado por um tinto argentino muito em conta que estava em promoção no super, caiu muito bem e o resultado do desafio muito melhor. Três a um aos checos e o passaporte para os quartos (depois carimbado pela derrota da Suíça) do Euro 2008. Ah, mas o "dia"... pois como dissemos passou-nos (quase) ao lado, no entanto a amiga Maya não se esqueceu de enviar postal a desejar um feliz dia. Sempre em cima do acontecimento esta amiga açoriana que o Hi5 nos juntou por intermédio de um amigo comum, o Velho Lobo, homem que sempre abraça nobres causas mas que anda um pouco murcho nesta coisa do Euro... diz-me ele que teme que o Povo adormeça com a bola e que não veja como os políticos se aproveitam da situação. Terá a sua razão, claro, e até concordamos com ele, mas a nós nada nem ninguém nos demove de manter esta Bandeira bem ao alto na janela de casa e de acompanhar de "alma e coração" e passo-a-passo a caminhada dos Viriatos (já que partiram de Viseu...) rumo a Viena. Esperamos nós, claro, mas se tal não acontecer não irá cair nem o Carmo nem a Trindade e só temos de esperar mais dois anos para alimentar a esperança da conquista de um título futebolístico de grande importância.
E parece que o futebol não nos larga a mioleira, talvez também por culpa aí da loiraça que segundo o portal UOL "neste dia dos namorados foi ao Palestra Itália dar um beijo a seu marido" e embora (ainda) não seja conhecida dos portugueses pode num futuro bem próximo ser vista por uma qualquer rua de Lisboa. É que o pai da filha que transporta ao colo pode muito bem ser reforço do Benfica. Ele é de nacionalidade chilena, dá pelo nome de Valdívia e joga no Palmeiras... e como joga.
Este é um dos quadros que oferecemos às nossas crianças, mas há mais muitos mais uns ainda mais horríveis muito mais.
A foto leva a apresentação de slides, FOTOS 2007, com (quase) centena e meia de fotos deveras interessantes, algumas delas dignas de serem devidamente apreciadas e metabolizadas.