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A(s) guerra(s) de João de Jesus

por neves, aj, em 15.07.08

Saúde-se o regresso do camarada e amigo João às lides da escrita aqui no Voz do Seven e em especial por nos oferecer artigo sobre tema ainda e incompreensivelmente considerado como tabu.
EmDe castigo para a bolanha, J. Jesus fala-nos de episódio deveras engraçado, contudo, a narrativa incide principalmente nos horrores vividos na mata e nos terrenos pantanosos (a bolanha) pelos soldados em missão, e em palavras extremamente realistas e contundentes não teme em fazer crítica à forma de fazer guerra dos senhores de altos galões que, como diz, viviam comodamente instalados nos seus gabinetes climatizados pelo ar condicionado e sentados a uma secretária onde o cu da garrafa de whisky fazia marca ao lado de outras no mapa do teatro de operações que assinalavam a progressão dos seus soldados entre balas e mosquitos.

CLICAR PARA AMPLIARClaro está que momentos após tomar conhecimento desta entrada que não é mais que uma chamada de atenção para o dito artigo, o amigo João vai de imediato tentar comunicar comigo e mui provavelmente via áudio pelo msn dizer-me na sua voz de timbre bem característico:
"Eh pá tira lá essa gaita; ainda vão julgar que ando para aqui a exibir-me".
"Não tiro, pá, desculpa lá mas não tiro", dir-lhe-ei de seguida e acrescentarei que aqui no Voz mando eu, que afinal de contas também terei direito a um quinhão da ditadura que ainda nos envolve. Procurarei esclarecê-lo com palavrinhas mansas mas convincentes que ao colocar esta imagem não foi para fazer publicidade aos tempos do garboso soldado por terras africanas antes sim para mostrar a toda a malta que a par da terrível e temível guerra (colonial) outras guerras (do lazer) se tinham obrigatoriamente de travar para que não fossem tão traumatizantes os gritos ou o silêncio sepulcral dos camaradas que na missão anterior tiveram o "azar" ou a infelicidade de serem atingidos por projécteis perdidos vindos da mata.
Mas verdade seja dita que coloco ainda a foto com uma segunda intenção, especialmente dirigida aos jovens destas novas gerações para que não se deixem iludir com as falinhas mansas branqueadoras que agora lhes dão, onde lhes chegam a dizer que essa história da ida a África naqueles tempos era apenas o que a foto pode transparecer: soldado com farda engomadinha, despido de arma e prontinho para ir para a boémia. Nada disso, meninos e meninas, a guerra era um facto, existia, matava e estropiava, era bem verdadeira e carregada de horrores como nos revela o artigo
De castigo para a bolanha onde o próprio João é parte integrante.



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publicado às 22:01

Homer Simpson é vírus

por neves, aj, em 15.07.08

Photobucket
Photobucket
Cuidado caro cibernauta: se receber um mail vindo da parte de Homer Simpson (contachunkylover53@aol.com) apague-o sem abrir, é que muito provavelmente esse mail conterá um vírus informático.
Assim o lemos no Portugal Diário citando o 20 minutos.es e assim o divulgamos cumprindo afinal o nosso dever para com os amigos.


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publicado às 12:27

À Mãe

por neves, aj, em 15.07.08

Entrada dedicada não à minha mãe em particular mas a todas as mães deste mundo (onde quer que se encontrem), tanto que o poema não é meu e sim do grande Miguel Torga.

MÃE

PhotobucketMãe:
Que desgraça na vida aconteceu,
Que ficaste insensível e gelada?
Que todo o teu perfil se endureceu
Numa linha severa e desenhada?

Como as estátuas, que são gente nossa
Cansada de palavras e ternura,
Assim tu me pareces no teu leito.
Presença cinzelada em pedra dura,
Que não tem coração dentro do peito.

Chamo aos gritos por ti - não me respondes
Beijo-te as mãos e o rosto - sinto frio.
Ou és outra, ou me enganas, ou te escondes
Por detrás do terror deste vazio.

Mãe:
Abre os olhos ao menos, diz que sim!
Diz que me vês ainda, que me queres.
Que és a eterna mulher entre as mulheres.
Que nem a morte te afastou de mim!                             Miguel Torga






Miguel Torga é pseudónimo literário do médico Adolfo Correia Rocha que nasceu em S. Martinho de Anta, Sabrosa, Trás-os-Montes, em 1907 (12 de Agosto) e faleceu em Coimbra a 17 de Janeiro de 1995. Até abrir consultório em Coimbra (1939) teve uma vida mais que preenchida: começou como criado em casa apalaçada com apenas 10 anos na cidade do Porto e foi despedido por insubmissão; foi estudante no  Seminário de Lamego onde no final do primeiro ano desistiu de ser padre; em 1919 rumou ao Brasil, Estado de Minas Gerais, para trabalhar na fazenda de um tio em regime de quase escravatura, "fui autêntica máquina de trabalho", como referiu mais tarde; no entanto no Brasil ainda estudou num colégio a expensas de seu tio que ainda propôs pagar-lhe os estudos em Coimbra como forma de compensação pelos seus 5 anos de trabalho na fazenda e regressou a Portugal onde na Cidade do Mondego fez o Curso Liceal e em 1928 entrou na Faculdade de Medicina... e para saber mais sobre um dos nomes grandes da Literatura Portuguesa queira o estimado leitor ter agora a fineza de aceder a apresentação de slides que nos foi oferecido e que temos em arquivo.















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publicado às 10:17

Dercy no Paraíso

por neves, aj, em 15.07.08

Mal chegou tratou de mudar as regras... afinal é Dercy Gonçalves, a eterna voz da irreverência onde quer que ela se encontre.

EntradaDercy no Voz e arquivo no Voz esnips da charge acima.

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publicado às 09:45

Apesar de tudo, acreditamos

por neves, aj, em 15.07.08

CLICARApesar de tanta tentativa falhada nós por cá ainda vamos acreditando que a PAZ entre palestinos e israelitas (israelenses) é bem possível.
Embora estejamos como habitualmente de pé atrás registe-se de qualquer modo mais este encontro entre o primeiro-ministro de Israel e o Presidente da Autoridade Nacional Palestina sob os olhares e a mediação da França e que os sorrisos evidenciados na foto [que deve levar um clique] os leve a falar a mesma língua, a da concórdia.

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publicado às 08:11

Assaltantes? Nem por isso...

por neves, aj, em 15.07.08

CLICARNão nos cansamos de repetir que o que parece nem sempre é ou nem sempre é o que parece... e ao contrário do que à primeira vista possa parecer estes jovens que estão a tomar de assalto a parede do edifício não estão a furtar ou roubar nem o pretendem fazer. É certo que estão a praticar uma ilegalidade, ao mesmo tempo que colocam a vida em risco, fugindo ao pagamento do ingresso no encontro de futebol entre o São Paulo FC e o Palmeiras [2-1] disputado no Domingo passado no Estádio do Morumbi, mas diga-se que não é para usufruírem dos prazeres e emoções do desafio e sim para tratar de governar a vida: são afinal jovens vendedores ambulantes que, uma vez dentro do estádio, tratarão de refrescar as gargantas aos torcedores ou servir uma pastilha elástica (chiclete) para refrear o nervoso miudinho a troco de umas notas de real como forma de equilibrar as parcas finanças.

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publicado às 07:42



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