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O Sol esquentava e até incomodava à vista, diria o meu povo que seria "sol de trovoada". De manhã, já tinha sentido a acção dos seus raios aquando da ida ao IOT (Instituto de Ortopedia e Traumatologia) do Hospital das Clínicas mais a minha Maria para consulta de rotina. Por volta das três da tarde, mais propriamente 15 horas, o amarelo vivo desapareceu e instalou-se o cinzento, progressivamente escuro, acompanhado de forte vento que fazia esvoaçar tudo que não tivesse massa ou peso suficientes para enfrentar as rajadas. Quando o primeiro trovão se fez ouvir disse para a Maria que íamos ter borrasca, que ela estava aí a chegar sendo que me referia a mais uma portentosa trovoada que sempre me faz subir o grau de respeito para com a mãe-Natureza.
Afinal foi chuva de pouca dura e a trovoada desapareceu como um raio, mas pelo que lemos houve temporal e bairros limítrofes ao nosso ficaram sem energia eléctrica. Não deveria ter sido brincadeira não, tanto que a carrinha (a perua Volkswagen) de distribuição dos jornais só passou manhã alta pelas 11 horas aqui à frente de casa, onde faz paragem obrigatória, quando é costume o barulho inconfundível de motor a pedir reforma acordar-nos aí pelas cinco e trinta da matina.
Bom, mas se não sentimos nem assistimos ao temporal regalámos os olhos a partir de janela das traseiras de casa com o arco-íris pairando lá ao fundo no horizonte sobre a cidade, provavelmente o mesmo que vemos nesta imagem que deve ser clicada para ser observada em ampliação.
(viseus há muitos seus beirões)
Chamamos-lhe justiça, mas está claro que não o é. É antes desrespeito à Justiça que não chegou a actuar visto que ela tem que ser feita por quem de direito, os Tribunais.
O caso foi grave, gravíssimo já que a população em fúria devido à morte de um jovem às mãos da Polícia invadiu e incendiou a Delegacia (a Esquadra em Portugal) e o Tribunal (por aqui chamado Fórum) destruindo todos os processos pendentes, mas a razão desta entrada prende-se mais com a localidade onde tudo se passou e que tivemos o cuidado de colocar em título: Viseu.
Claro que o pessoal da banda di lá do Atlântico que nos lê, especialmente os beirões do distrito a que a nossa ditosa Santa Comba Dão pertence e que tem como capital a bela e histórica cidade de Viriato deitou as mãos à cabeça e bradou aos sete ventos que o mundo estava perdido, mas caros amigos e amigas, não sabemos exactamente se viseus há muitos como os chapéus, no entanto e pelo menos há mais um e é por aqui, por terras de Grão-Pará exactamente na fronteira com o Estado do Ceará lá no norte desta imensidão.
Passado o susto inicial façam favor então de daraqui um clique para ver foto em ampliação que leva à notícia completa.
(não foi com uma gravata de cânhamo pendurada em ramo da árvore mais alta como nos filmes das coboiadas, foi com injecção letal, mas deu no mesmo)
Em 1993, José Ernesto Medellín um emigrante mexicano nos Estados Unidos então com 18 anos e autor confesso do estupro e assassinato de uma adolescente de 16 anos, foi condenado à morte. Ontem, passados 15 anos, foi executado. Afinal coisa banal lá pelo Estado do Texas que em termos de direitos humanos ainda se governa por ideias medievais e o assassinato legal do mexicano só aqui é notícia porque as autoridades locais simplesmente se marimbaram para a decisão do Tribunal Internacional de Haia que havia ordenado ao Texas que não executasse Medellín sob o argumento de que ele não havia sido informado sobre o direito a ter ajuda consular enquanto preso. Por palavras mais simples, foi condenado em julgamento mal conduzido.
Não querendo aqui discutir o bárbaro crime nem o desrespeito pela vida humana, afinal igual ao do próprio assassino, da parte das autoridades texanas nem sequer a sua petulância por ostentarem a medalha de ouro no que toca a execuções e não cederem a apelos, perguntamos qual o direito que assiste aos Estados Unidos (curiosa e estranhamente Bush apelou ao cumprimento da resolução de Haia) de se arvorarem em defensores dos direitos humanos condenando execuções em outras partes do mundo e perguntamos ainda se as únicas resoluções do Tribunal Internacional de Haia aceites pelos americanos serão apenas aquelas que lhes convêm.
Regressou, marcou e (Criciúma) venceu!
Principalmente por Portugal sabe-se que Mário Jardel andou pelos céus (tempos de FC Porto) e caiu ao inferno das drogas, embora ainda tenha tido força para ajudar o Sporting CP na conquista de um Campeonato Nacional, de uma Taça de Portugal e uma Supertaça. Depois todo o mundo ficou a saber do seu arrastar pelos relvados, do enganar os outros (clubes) e a si próprio até que finalmente optou pelo tratamento. Regressou a casa, a Fortaleza. Há uns meses veio às televisões dizer que estava curado e que desejava voltar ao futebol. Ofereceu-se ao Grémio (de Porto Alegre) que antes o tinha lançado na ribalta, mas não obteve resposta. O Criciúma, time da cidade do mesmo nome (Estado de Santa Catarina) e que disputa a Série B (segunda divisão) do Brasileirão, recebeu-o de braços abertos. Ontem, Super Mário fez a sua estreia. Em casa. Começou no banco de suplentes (de reservas) e entrou no segundo tempo quando os mandantes estavam em desvantagem. Marcou um golo, o do empate em 2-2 e foi determinante para que o zagueiro adversário se atrapalhasse em preocupação e marcasse contra (na própria baliza) o terceiro dos tigres, o da vitória.
Seu admirador, embora ele jamais tenha vestido camisola/camisa da nossa simpatia, Voz do Seven deseja agora que o homem que já foi dragão e leão, depois farrapo e que agora é tigre seja consagrado vencedor e não mais pecador e que o Mário Jardel imortalizado por Rui Veloso em verso deNão me Mintas e que passeou toda a sua classe pelos estádios europeus ainda consiga provar nos gramados brasileiros porque foi 2 (duas) vezes Bota de Ouro, melhor marcador europeu, uma vez Bota de Prata e ainda uma outra vez Bota de Bronze.