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Não nos esquecemos, não, tanto que até temos dossier próprio que pode (também) ser acedido pelos modelos do Voz cuja ligação consta da coluna dos links. Chegámos a outro ponto, ao do seleccionador nacional. Ninguém terá coragem de colocar em dúvida o valor do estudioso Carlos Queiroz, mas falta algo. O quê, não o sabemos. Claro que concordámos com a sua escolha perante a impossibilidade de podermos continuar com Scolari, não por ele poder rumar ao Chelsea, como rumou, mas sim porque era certa e sabida a saída já que a sua figura estava a desgastar dia após dia com ataques cerrados de determinada imprensa e de cáusticos cartolas da bola, principalmente a partir do murro de Alvalade sabiamente aproveitado para ornamentar o tão propalado caso Baía que afinal só deveria ser caso se o então guarda-redes do FC Porto fosse imprescindível. E afinal Carlos Queiroz é o obreiro de uma revolução no futebol português que até deu os seus frutos com a conquista de dois campeonatos mundiais de juniores e onde despontaram estrelas que têm levado longe o nome do Portugal futebolístico. Só que, repetimos, parece faltar algo. Depois há o medo, o receio de outras experiências de Queiroz mal ou, para não sermos mauzões, menos bem sucedidas ao comandar grupos de seniores: Sporting CP (ganhou apenas uma Taça), Real Madrid (fiasco total), Selecção Portuguesa (nada fez), Selecção dos Emiratos Árabes (quase desapercebido), passagem pelo Japão e pelos EUA que nem vale a pena comentar dado o relativo interesse e ainda um imbróglio por esclarecer (acusação de racismo) na Selecção da África do Sul, apesar de ter conseguido a qualificação para o Mundial 2002. Falta de liderança perante craques e/ou atletas mais velhos? Provavelmente estaremos a especular, mas o que nos leva a isso é o receio já que voltaram à nossa mente aqueles temores do antigamente de assistirmos a um desafio de Portugal com um pé atrás, coisa que o bracejar de Scolari tinha espantado.
O problema do não acompanhamento aqui no Voz prende-se com falta de disponibilidade e não por estarmos desiludidos com a derrota caseira frente à Dinamarca, após uma "triunfal" vitória frente ao seleccionado de Malta, uns pombinhos, como ouvimos chamar-lhe. É verdade que ficámos apreensivos, porque apesar de ser "apenas" uma derrota os próximos desafios serão disputados sobre brasas já que se tornou proibido perder (mais) pontos... a não ser que queiramos voltar aos velhos tempos da calculadora ou de começarmos a pensar já em ser um dos oito melhores segundos ou então, desgraça das desgraças, imitarmos as súplicas do bom gigante quando partiu para o derradeiro desafio, disputado na Alemanha, de apuramento para o Mundial 1986: deixem-me sonhar.
Note-se que não nos estamos a sentir derrotados, afinal ainda falta muito campeonato, muito jogo como soi dizer-se e se perdemos em casa (2-3) com a Dinamarca é bem possível lá ir ganhar, mas por mais optimismo que tenhamos temos que considerar que uma derrota frente à Suécia (fora de portas, note-se) no próximo desafio vai pôr muita mente a pensar se realmente é esta a Selecção ou esta forma de jogar que nos levará à África do Sul.
Lemos por aí que até jogámos bem frente à Dinamarca, que dominámos durante 85 minutos e fomos perder com alguma infelicidade. Nós não gostamos de bater no ceguinho, mas será que essa gente não viu como nós, já que a TV brasileira transmitiu, que logo no início os dinamarqueses poderiam ter enfiado uma ou duas batatas na baliza de Quim? Qual azar? Futebol. E se então a "sorte" e "azar" fazem parte do futebol, então que a sorte que tivemos de início tivesse sido aproveitada como aviso sério para que o azar na parte final não nos tivesse batido à parte... desconcentração, caros amigos, qual azar, qual infelicidade.... afinal tal como naquelas partidas caseiras frente à Polónia e à Sérvia no apuramento para o Euro 2008, mas aqui trataram-se de inventar culpados ou na pessoa do habitual Ricardo, el cepo das marradas, ou de Felipão.
Mas não será por isto ou aquilo que deixaremos de dar apoio à Selecção, à Nossa Selecção, e apoiamos Carlos Queiroz porque é ele que a comanda, só lhe pedimos é que mostre mais um bocadinho de nervo, que perca a compostura se necessário for e que, essencialmente, quando estiver a ganhar por 2-1 já perto do final não tema em berrar lá para dentro com voz de trovão o que milhões de portugueses gritariam: ó seus c... segurem-se, porque ao contrário do que muita boa gente julga a voz do timoneiro ouve-se sempre mesmo no meio de uma multidão.
Temos que considerar como negativa a participação das equipas portuguesas na 1ª ronda de jogos nas competições europeias: 2 vitórias, 1 empate e 4 derrotas. visiteUEFA 2008/09 no Voz do Seven cuja ligação faz parte da coluna dos links
Na Liga dos Campeões, FC Porto começou da melhor maneira levando de vencida por 3-1, no Dragão, os turcos do Fenerbahce, mas o Sporting foi derrotado em Barcelona por igual resultado.
Já na Taça Uefa, onde a sorte das bolinhas foi um pouco madrasta e em que se joga eliminatória para definir os grupos, o Sporting de Braga foi a equipa lusa que melhor resultado obteve (vitória por 4-0) e que lhe deve ter garantido a qualificação para a fase de grupos. Dos três derrotados, Marítimo em casa frente ao Valência (0-1), Guimarães em Inglaterra (0-2) e Benfica em Itália (2-3) parece-nos que os encarnados serão os únicos que ainda terão uma palavra a dizer bastando para tal uma vitória na Luz pela margem mínima de 1-0 ou mesmo 2-1. No entanto a qualificação a norte, em Guimarães, é muito possível ou não estivéssemos em terras de Afonso, o Conquistador. O Vitória de Setúbal, empate caseiro por 1-1, tem missão delicada na Holanda: terá que vencer ou empatar por score superior ao do embate intramuros.