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(dai-nos coragem ó deuses para digerir estes 6-2)
Hoje à hora da bica lá pela Lusitânia, e por todo e qualquer canto do mundo onde se fale futebol, o banho de ontem no Bezerrão será o centro das conversas. Por mais patriota e/ou fanático que seja pelas cores verde rubra da Nossa Selecção não haverá adepto torcedor que não se sinta obrigado a admitir: Portugal levou (ou tomou) um banho, tão gélido e vexante quão doloroso, porque, caros amigos e amigas, ser obrigado a engolir meia dúzia de batatas (SEIS, c'um raio) é vergastada que humilha e faz doer mais que vime verde chicoteando nádegas nuas.
Ora, por aqui o banho é chocolate e dir-se-á, diz-se claro está e o Bueno da Globo não se esqueceu de o dizer, que o Brasil deu ontem um chocolate em Portugal em desafio que até começou bem para as cores portuguesas, mas que num ápice virou para a canarinha. Claro está ainda que cada um verá as coisas à sua maneira e conforme o lado que ocupa na barricada, mas os lamentos lusitanos sobre as hipotéticas falhas de marcação e concentração em alguns golos sofridos (golos patéticos, Queiroz dixi) terão que ser de imediato abafados pelas (merecidas) manifestações de regozijo dos brasileiros que dirão que souberam criar espaços e fugir às marcações. Por outras palavras: não tentemos justificar a nossa derrota com (hipotéticos) erros cometidos e tenhamos sim a hombridade de admitir que os outros foram superiores.
No final desta breve crónica (pudera...) há uma palavra que não sai da cabeça deste luso adepto que daqui a pouco será obrigado a enfrentar a turba: atitude. Para onde foi a atitude desta Selecção que agora mais parece barca a rodopiar no meio do Atlântico? Tomem-se medidas, pá. E imediatas. Será que ninguém vê que a barca anda à deriva? Não nos interessa se é culpa dos marinheiros, do timoneiro ou de toda a maralha que habita pela Praça da Alegria (afinal já não moram por lá, e sim nestepalácio), a verdade é que o rombo cresce a olhos vistos e ninguém toma uma posição. A pouco e pouco o respeito granjeado nos últimos tempos vai-se esfumando e não tarda sermos novamente considerados como um saco de pancada, os patos da Ibéria, talvez. Queiroz pede-nos tempo, mas com o devido respeito: ou não anda bom da cabeça (tempo em futebol de alta competição?) ou então realmente não tem unhas para comandar a barca e está à espera que a coisa se componha por si própria (até tem marinheiros para isso) ou por alguma intervenção superior (umas dicas do outro lado da Mancha).
E com o coração na boca voltamos a bradar: ATITUDE, tome-se uma atitude, carago! (carago sim que se diz carago, porque está dicionarizado)