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Para todos aqueles que ainda não sabem diga-se em abono da verdade que sempre fomos um pouco pecos em questões musicais, nem tanto de ouvido porque aí sempre soubemos distinguir o belo e o feio e escolher o que nos agrada, antes sim em memorizar autores e nomes das músicas o que, inevitavelmente, nos acarretou imensas limitações em cultura musical.
No entanto, esta ficou na memória... SO LONG, dos FISHER Z... e está aqui a fazer entrada graças à amiga Maya que no-la enviou juntamente com uma lista a tender para mil de videoclipes dos anos 80 do já ido século XX (engraçado, às vezes parece que sentimos algo de estranho ao fazer referência a um século por onde já andámos).
(desabafo de um homem também pai de uma filha)
Anda um homem a juntar a sua Voz à da MULHER na luta para derrubar as barreiras preconceituosas que ainda encontra, bradar contra a violência que sofre, colocar-se do lado dela em temas tão quentes quanto o aborto, em suma fazer coro de modo a que a MULHER seja reconhecida como ser social bem igual ao homem, e eis que surge uma sapa parva que nem calhau que resolve revolver as entranhas a esse homem, afinal nós que redigimos:
aprecie com moderação, expõe ela na pele do corpo jogando com a malícia das palavras e exatactamente em local muito olhado pela gula dos prazeres carnais. Entretanto, e em final fofoqueiro mas a propósito, parece que o Jesus que andava envolvido com a Madonnafoi à vida, porque, ao que consta, se envolveu demasiado na apreciação da dita aí de cima.
um clique para álbum
Está claro que a consciência diz-nos que podemos estar a brincar com o fogo, que num repente podemos perfeitamente ser acusados de "machista de mente poluída", inclusive por toda a MULHER que antes nos agradeceu em pensamento, e nos retrucarem que "a mulher é dona do seu corpo", frase esta com a qual não concordamos na totalidade nomeadamente para justificar atitudes descaradamente provocativas do corpo e principalmente quando usada em defesa do aborto já que para nós a interrupção voluntária da gravidez é um "problema de dois" que deve ser discutido abertamente pelo casal, exceptuando-se, claro, os casos em que a mulher é obrigada a decidir sozinha por "falta" de companheiro, casos que até somos levados a admitir que sejam maioria.
Apesar de tais frases serem daquelas tão gastas quanto as letras dos fados que a Amália cantou, curiosamente já nos foram dirigidas directamente em memorial discussão em sala de professores sobre a questão da prostituição, filmes pornográficos e publicações de "mulheres nuas" em que fomos atacados, nós e o "homem-raça", de todos os "males" a que a mulher é sujeita para satisfazer a libido machista.
Para nós é igual que nos acusem disto e daquilo já que jamais vamos arcar com essas culpas, antes continuando a pensar que para se conseguir algo numa luta, para lhe dar mais credibilidade, torna-se necessário eliminar certas maçãs podres que no caso vertente passaria por uma mudança de mentalidade de algumas (muitas) cabeças, nomeadamente daquelas que não olham a meios para atingir fins (euros, reais, dólares ou posição) e se estamos a "bater tanto no ceguinho" é porque nos sentimos como que traídos com o "aprecie com moderação" após termos feito artigo com tanto carinho em que a filha mulher esteve sempre no pensamento.