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Vasco Gervásio

por neves, aj, em 04.07.09

Vasco Gervásio foi um dos (grandes) capitães da Briosa.
Faleceu ontem aos 65 anos de idade.

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Esta equipa da Briosa foi capitaneada por Gervásio e a foto foi captada no Estádio do Jamor na Final da Taça de Portugal entre a Académica de Coimbra e o Benfica (1-2). Corria o ano de 1969, a Academia de Coimbra estava em luta (a chamada crise académica de 69) e nas bancadas do Estádio podiam observar-se faixas e cartazes de contestação ao regime ditatorial que governava o país. De sobreaviso, a polícia política (PIDE) impediu que o então Presidente da República, Américo Thomaz, marcasse presença na tribuna de honra para fazer a entrega do troféu ao vencedor como era da tradição e nem permitiu a transmissão televisiva. A Briosa teve a Taça na mão (1-0 por Manuel António aos 81 minutos), mas Simões levou o jogo para o prolongamento e depois Eusébio acabou com o sonho academista. A Briosa não ergueu a Taça de Portugal, mas a Academia de Coimbra conseguiu uma importante vitória na divulgação da sua luta académica.

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publicado às 22:52

Renegada

por neves, aj, em 04.07.09

[em verdade vos digo que até um cão que morde ao dono merece mais respeito e atenção, mas mesmo assim vou gastar uns minutos do tempo que sempre me falta e um pouco mais da tinta que vai sumindo das teclas]

alt src="http://img.photobucket.com/albums/v642/Seven2005/Diversos12/escudoportugal-1.jpg" width="150" height="150" align="right" style="border-left: 12px solid #FFFFFF; border-top: 12px solid #FFFFFF">A notícia caiu como uma bomba no meu entendimento: por estar farta dos coices e pontapés que tem recebido do Governo português a "conceituada" pianista Maria João Pires resolveu renunciar à cidadania portuguesa.
Por outras palavras, mais terra-a-terra, resolveu renegar a Mãe-Pátria que a pariu.
Não sendo focado na notícia que madame MJP (ainda nova, por sinal, com 65 anos) tenha entrado em estado senil avançado, sou levado a crer que algum vento repentino e caprichoso, quiçá histérico, lhe varreu o senso, aquele mesmo senso tão simples e tão sábio que eu aprendi a identificar às gentes humildes e boas que pululam por esse Portugal afora e que mesmo as pouco letradas, as que não sabem falar francês nem tão pouco tocar piano sabem perfeitamente separar o trigo do joio e não misturam alhos com bugalhos, muito menos governos com Pátria.
Não soubesse esse Povo simples fazer a destrinça, não soubesse ele isentar a Pátria dos contributos onerosos que os sistemáticos governos lhe vai impondo ou absolvê-la do não cumprimento das promessas, não tardaria muito que Portugal fosse um país de apátridas. Ou até já fosse aquando do meu nascimento já que descontentamento com os governantes é coisa que já vem de longe. Claro que  do alto do seu intelectualismo (ou pedantismo), MJP não tem o discernimento nem a sensibilidade necessários para ver a questão do modo que o Povo a vê e de forma caprichosa, qual menina bate-o-pé a que não foi dada a barbie pretendida ou prometida, resolve ameaçar, não quem a não satisfez, mas sim a Mãe. E não ameaçou com a fuga de casa como é costume nas crises mimalhas da  adolescência, antes sim com a negação das suas origens, do nome de família construído pedra sobre pedra durante quase 9, nove, séculos, lançando esgoto abaixo sangue, suor, lágrimas e até o sémen dos seus ancestrais.
Que me desculpem, mas Zé Povinho não se coibiria de dizer: tão esperta e tão bruta. É de lamentar caros leitores e amigos, é de lamentar pela Mãe-Pátria, por o colo dado agora ser pago com ingratidão, mas a verdade é que o Planeta vai continuar a rodar para o mesmo lado e verdade ainda seja dita que a cada um de nós só nos faz falta quem nos quer bem. Ademais, que se lixe o piano... temos o Malhão, o Vira e o Fado.
Confesso-vos que não sei como é que isto mexeu tanto comigo. Acreditai que sinto o sangue fervilhar de revolta por todo eu. Penso que talvez por culpa da montanha de água que me separa das paredes do útero materno onde ainda estou agarrado. A espaços perco o discernimento apetecendo-me, para além da "raiva" que vou destilando e vos servindo, mandar a Maria catar-se, mas também sei que não o devo fazer porque o senso, o tal (bom) senso de que bebi no contacto com o meu bom Povo diz-me que cada um tem o direito de escolher o rumo da sua vida e se à (infeliz) senhora a Natureza não lhe permitiu escolher a mãe que no ventre a carregou e a pariu então que satisfaça agora os seus caprichos porque, mesmo sem honra, ainda vai a tempo já que as estatísticas da esperança apontam aí mais um quarto de vida dos anos que já viveu. Só gostaria de, nos finalmentes (já estou saturado), fazer um pedido. Aliás dois. Que à renegada seja concedida rapidamente a renúncia à Pátria Portuguesa, que de jeito nenhum lhe peçam para reflectir e que jamais lhe permitam voltar a pisar solo da Lusitânia.

Post-scriptum - a senhora não vai ficar apátrida, irá ser (ou já é) cidadã brasileira tanto que tem permanência concedida por cá pelo Brasil, inclusive possui negócios de hotelaria no Estado da Bahia. Peço o especial favor de entenderem que escrevi o texto acima apenas indignado e revoltado com o pedido de renúncia à cidadania portuguesa (tornada pública certamente para pressionar o Governo) e jamais o relacionando com a nova nacionalidade. A propósito será de referir que um dos maiores ícones da música brasileira, Carmen Miranda, jamais renegou o seu nascimento português. Toda ela viveu como brasileira, mas morreu como nasceu: apenas com a nacionalidade portuguesa parida entre gente humilde lá pelos lados de Marco de Canaveses.




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publicado às 11:25



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