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(às precipitações das mentes mal formadas)
... se visto a rondar a viatura, o homem terá mais chances de ser identificado como ladrão ou como proprietário?
Já não nos lembramos muito bem como era exactamente o teste que um dia observámos em programa de televisão, mas a situação ocorrida em Osasco, município da Grande São Paulo, abriu-nos parcialmente a memória. Lembramo-nos que o objectivo era qualquer coisa do género de descobrir o racismo que cada um de nós, cidadãos, pode conter dentro de si fruto da educação social que nos é incutida. Era mostrado ao comum passante um painel com meia-dúzia de fotografias de pessoas com diferentes tons de pele e diferentes fisionomias, umas bem vestidas e outras mal. Ao lado havia outro painel mas com fotos de bens materiais, mansão, casa, automóvel, etc, e era pedido ao entrevistado para fazer a correspondência das pessoas com esses bens.
Claro que o nosso teste peca pela ausência de outras muito mais fotos, aqui só pode ser SIM, é proprietário, ou NÃO, não é proprietário, podendo ainda os mais precavidos nestas questões tão delicadas que envolvem racismo esquivar-se a uma resposta sincera, respondendo que SIM, senhor, mas no seu interior perguntar-se se realmente o será. Quem não achou que o cidadão poderia ser o proprietário da máquina foram os seguranças de um Centro Comercial onde a esposa se encontrava em compras (ele só ficou por ali porque tinha uma das filhas a dormir no banco traseiro da viatura). Após um desentendimento, que não vem ao caso, foi levado, interrogado e socado, sempre com provocações raciais segundo o próprio, entregue à Polícia (à qual acusa de descaso) e depois de muito insistir de que era o dono lá conseguiu provar com a documentação de que o automóvel era pertença do casal. [notícia]
Quanto ao resultado do nosso teste feito aqui, ele está escrito na vossa consciência, consultem-na, e quanto aos resultados do teste que apontámos feito em Praça de São Paulo nem valerá a pena contar-vos porque o que os organizadores esperavam teria acontecido, com os bens de riqueza elevada a serem conotados preferencialmente com o branco bem vestido. Bem a propósito virá outro teste, também feito por canal de televisão, bem mais simples, mas de resultados bem mais nojentos: um potencial passageiro de pele mais escura colocou-se estrategicamente antes, aí uns vinte metros, de um outro potencial passageiro de pele clara. Ao característico sinal de solicitação de Táxi feito pelo primeiro dos actores (de actores se tratavam como é óbvio), o automóvel tratava de encostar à berma para o "apanhar" e era chegado o momento de o segundo actor levantar o braço a pedir o Táxi... foi nojento de observar, caros amigos e amigas, o número de taxistas que abandonaram o primeiro cliente.
Fiquem bem, e que haja esperança de que as gerações vindouras sejam bem menos intolerantes do que a nossa.
UEFA 2009/10 FASE DE GRUPOS
LIGA DOS CAMPEÕES
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Entenda-se salvo, ao fim de 20 anos, peloADN (ácido desoxirribonucleico) ou DNA, em simbologia inglesa, de cumprir na totalidade a pena de prisão de 50 anos a que foi condenado, injustamente, como se acabou de provar. Acima de tudo reabilitou a sua pessoa e o nome, mostrando (mais uma vez) que todos os sistemas têm calcanhares de Aquiles, mesmo aqueles que temos a mania de considerar intocáveis.
Quando o final da história é agradável nem interessa entrar em muitos pormenores e até dá para brincar, dizendo que afinal Keneth Ireland foi um homem de sorte em não ter sido condenado à morte, porque neste caso não haveria ADN que o safasse.
Que pelo menos o caso, mais um inocentado graças à certidão genétca, sirva de reflexão para os que são apologistas da pena de morte.
Votos e urnas à parte, merece destaque o ar altivo do orelhas que se deve sentir deveras orgulhoso por ser peça fundamental em todo o processo.
(pelo Brasil)
Ponto Principal - os medicamentos não poderão mais ficar ao alcance dos clientes, incluindo os produtos isentos de prescrição médica (que podem ser comprados sem apresentação da receita do médico). Está claro quefarmácias e clientes já temem efeitos colaterais, mas num todo temos que aplaudir a decisão já que actuamente Farmácia, por aqui mais anunciada como Drogaria, parece verdadeiro supermercado, principalmente as de maior superfície, paradoxalmente aquelas que nos transmitem a ideia de maior qualidade: prateleiras com medicamentos dispostas como prateleiras de arroz e feijão entre prateleiras de champôs e sabonetes ou de anti-ácidos e preservativos ou de batons e rimel ou ainda de bolachas e revistas e onde funcionária mui atenciosa sugere logo à entrada uma cestinha para o cliente ir colocando as suas compras e drogas. E tudo à mão (de semear) do freguês. Ora podem desde já imaginar este que vos escreve com uma cesta do tamanho de uma caixa de sapatos em mãos vagueando pelo espaço um pouco envergonhado porque é só para adquirir uma carteira, por aqui cartela, com quatro Paracetamol 500 (o organismo proíbe-nos acetilsalicílico) mas que pode optar por trazer de 750 mg já que é compra mais em conta, do tipo pague dois e leve três.
Lemos também que "os únicos medicamentos que poderão ser comprados diretamente pelos consumidores nas prateleiras são os fitoterápicos, preparações de uso dermatológico e medicamentos oficinais (como água boricada, glicerina, hidróxido de magnésio)" e vem esta tomada de posição da parte da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) porque "o uso de medicamentos isentos de prescrição tem aumentado o número de intoxicações, além de mascarar doenças graves".
A mesma ANVISA diz ainda que "Em 2007, 30% das intoxicações no país foram causadas por medicamentos. Na cidade de São Paulo, no mesmo ano, de 600 casos de intoxicação por medicamentos, 150 foram causadas por remédios isentos de prescrição".
Outras medidas foram tomadas nomeadamente quanto à venda de alimentos nas farmácias: "banaliza o ambiente da farmácia atraindo o paciente para dentro dela", refere a ANVISA.
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É, isso do custo é coisa que ainda nos continua a chocar, esse livre arbítrio no preço aplicado ao mesmo medicamento (e falamos do nome comercial) que varia de drogaria para drogaria o que determina que antes da aquisição se façam uns telefonemas de prospecção de mercado, como se de um electrodoméstico se tratasse. Acreditai que às vezes a diferença é substancial principalmente se se for cliente portador de cartão da empresa vendedora porque o tal medicamento pode nesse dia usufruir de um desconto de dez, quinze, vinte por cento, ou seja, está como que em promoção como as batatas ou as cebolas na quitanda da esquina. Poderá parecer um contra-senso não aplaudirmos a livre concorrência de mercado, mas em questão de medicamentos custa-nos a entender e a aceitar já que, em prol da garantia de qualidade, somos a favor do medicamento tabelado por Lei.
[em entrega de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) nas comunidades Pavão-Pavãozinho e Cantagalo, Rio de Janeiro]