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[fora de tempo tem melhor sabor]
Lazarim é freguesia pertencente ao município de Lamego, onde demos aulas, mas curiosamente situada mais próximo da vila [também concelho ou município] de Tarouca, onde residimos durante um ano. Se a estes ingredientes acrescentarmos a permanência de maismeia-dúzia de anos por outras terras do Douro-Sul onde granjeámos várias amizades sendo uma delas [bem forte na altura] residente em Lalim, uma aldeia próxima a Lazarim, então estamos em condições de dizer que conhecemos bem a região e que, inevitavelmente, num dado ano fomos assistir ao Entrudo em Lazarim. [ver mapa]
Ousado ou mesmo indecente para mentes mais puritanas este Entrudo que não deve ser chamado de carnaval é diferente e único em Portugal. Hoje trazemo-lo aqui por mero acidente, porque quando esbarrámos com este vídeo não podíamos ficar indiferentes.
Lamentavelmente mesmo os ouvidos mais argutos terão certa dificuldade em perceber o que os testamenteiros, a comadre e o compadre, dizem, mas mesmo assim dá para entender de onde virá o ditote "no Carnaval nada parece mal", já que por esta altura desde os tempos de antanho são ditas publicamente, sem cuidado absolutamente algum na linguagem, as verdades e as poucas vergonhas passadas dentro de uma dada comunidade [curiosamente na nossa ditosa Santa Comba Dão havia umas lengalengas um tanto ao quanto parecidas cremos que botadas da boca pra fora pelo padre durante o enterro da carne [?] em Quarta-feira de Cinzas, mas a memória atraiçoa-nos].
Rematamos com uma chamada de atenção para essas espectaculares obras de arte que são as máscaras do Entrudo de Lazarim, talhadas [em absoluto segredo] em peça única de madeira de amieiro pelos próprios que as vão usar [os caretos].
Contudo não se pense que se trata de alguma doença por algas ou contaminação por produto poluente, é apenas um efeito, tingindo as águas, para tornar as festividades de São Patrício mais autênticas.
Do anfíbio [autocarro ou ônibus como preferirem] já nós falámos aqui no Voz. A entrada foi direccionada ao SPTrans como sugestão para os dias de alagamento. É certo que foi entrada construída com a sua dose de ironia, mas também não deixa de ser verdade que quando chove mais um pouco a cidade regista sempre dezenas de pontos de alagamento o que transforma a vida do comum cidadão num autêntico pandemónio. Digamos que foi entrada em protesto, tanto que já sofremos na pele os transtornos que advêm de uma situação de ficar refém da água, situação que na altura nos pareceu caótica [como vou para casa?] mas que a calma dos passageiros mais experientes ou mais acostumados nos tranquilizou: nada de muito extraordinário se passava, tudo se normalizaria, era só uma questão de tempo, de horas, talvez.
Bom, mas agora queremos isso sim chamar a vossa atenção para a magnífica panorâmica que rodeia o chamativo canarinho e que faz parte do maior porto marítimo da Europa, Porto da Cidade de Roterdão, a segunda maior cidade da Holanda, vendo-se ao fundo do lado esquerdo a ponte emblemática que leva o nome de um dos maiores vultos mundiais:Erasmo de Roterdão.
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... era a prisão mais antiga do Brasil [construção de 1850].
... actualmente... foto pertencente ao dossier de título "Violação de direitos humanos em presídios do ES".
... estranho!
Por este andar não nos admiremos que um dia destes apareça por aí uma águia azul ou um leão encarnado!
... mas com legitimidade!
Acreditai leitores que esta entrada não está relacionada com a anterior [essa entrada da foto chocante que apesar de não parecer é anterior visto que as entradas são colocadas aqui no Voz em ordem descendente ou seja as mais novas ficam sempre no topo], porque já há muito que deixámos de falar para com uma Igreja de ideias retrógadas sobre questões como o planeamento familiar [controle de natalidade] ou proliferação de doenças sexualmente transmissíveis. Não vale a pena, acreditai, mas cremos nós que um dia destes quando se sentir completamente isolada certamente que inventará estratégias para modificar a sua postura, afinal é o costume.
Embora não se observe violência, não se vejam facas nem sangue, a foto pode no entanto tornar-se chocante se aliarmos o objecto vassoura com a sua função: varrer.
Varrer o lixo, que seguindo a mesma linha de raciocínio seria neste caso lixo humano, crianças, meninos de rua, filhos de gravidezes indesejadas ou não planeadas [planejadas].
... sem pasto, por falta de água, a vaquinha não come, emagrece e morre, outras vacas e outros animais seguirão o mesmo caminho, e um dia destes o homem tem um sério problema a resolver.
Pensa-se que serão ossadas de gente viking com mais de mil anos. Os esqueletos foram encontrados numa vala comum no sul da Inglaterra.