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Final feliz

por neves, aj, em 28.07.10

[sendo que, como tudo na vida, também a felicidade é de grandeza e qualidade relativas]

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Bom, o casalzinho já vivia maritalmente há uns anos e resolveu oficializar a cousa [a propósito: O Mistério das Cousas]. Vai daí foram a um Cartório e a cerimónia do enlace [de papel passado, note-se] ficou aprazada para o passado dia 17, um Sábado. Ao que consta, na noite de Quinta para Sexta-feira o [futuro] marido resolveu ficar mais umas horitas no bar e quando chegou a casa houve briga da grossa. Contudo, pelos vistos, a mulher parece que não levou a dita briga muito a sério tanto que continuou a fazer a vidinha tratando até de se aperaltar pro grande dia. Só que na volta do salão de beleza o futuro já era.Tinha sumido. A noiva ficou tão desalmada que vai daí foi fazer uma participação à Polícia acusando ainda o fujão de ter levado automóvel, moto e até umas economias que ela dizia lhe pertencerem de pleno direito. A versão daquele que passou a ser o ex-futuro marido foi diferente: que o carro era dele, só que estava nome dela, que o dinheiro blá, blá, e que não fugiu não senhor, foi pescar!
Munidos dos respectivos advogados [lá se foram as economias] as partes encontraram-se na esquadra para esmiuçar todo o imbróglio e no final o bom senso [que também se deve considerar relativo] parece que prevaleceu e remarcaram a cerimónia do laço pro próximo Sábado com a promessa solene do noivo de nesse dia não se ausentar pra pescaria alguma. Aconteceu em Ribeirão Preto [oh oh Ribeirão, diz a Maria] cidade do interior do Estado de São Paulo [300 Km].

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publicado às 10:48

O Guardador de Rebanhos

por neves, aj, em 28.07.10

Hoje reparei com mais calma [e atento] no 39º texto do Guardador de Rebanhos que está "impresso" numa das paredes do metrôClínicas afinal a estação de metropolitano que serve o Hospital das Clinicas [o agácê-HC, o Hospital da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo]. Merece publicação:

XXXIX - O MISTÉRIO DAS COUSAS
(do "Guardador de Rebanhos" - Alberto Caeiro)

O mistério das cousas, onde está ele?
Onde está ele que não aparece
Pelo menos a mostrar-nos que é mistério?
Que sabe o rio disso e que sabe a árvore?
E eu, que não sou mais do que eles, que sei disso?
Sempre que olho para as cousas e penso no que os homens pensam delas,
Rio como um regato que soa fresco numa pedra.

Porque o único sentido oculto das cousas
É elas não terem sentido oculto nenhum,
É mais estranho do que todas as estranhezas
E do que os sonhos de todos os poetas
E os pensamentos de todos os filósofos,
Que as cousas sejam realmente o que parecem ser
E não haja nada que compreender.

Sim, eis o que os meus sentidos aprenderam sozinhos:
– As cousas não têm significação: têm existência.
As cousas são o único sentido oculto das cousas!

O Guardador de Rebanhos na íntegra:documento PDF e documento WORD.

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publicado às 10:43



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