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Fobias: como ultrapassá-las?

por neves, aj, em 23.02.11

quem é Lara Guina

A opinião de LARA GUINA

Fobias: como ultrapassá-las?

PhotobucketDesta vez, decidi abordar o tema das fobias devido a um crescente número de pacientes que tenho recebido com esta problemática.
Os pais referem que os filhos têm vergonha de falar em público ou de se exporem a pessoas conhecidas ou têm medo de alguma coisa em específico (um animal, carros, máquinas). Até chegarem à consulta, os pais, tentam diversas vezes estimular a superação desta problemática, pois a dinâmica familiar sofre alterações, na medida em que a criança/adolescente deixa de participar em actividades ou deixa de conviver com colegas/familiares e isola-se.
Uma fobia específica pode ser definida como um medo excessivo, constante e não razoável desencadeado pela presença ou antecipação do confronto com a situação
ansiógena. As crianças/adolescentes quando confrontados com estes estímulos podem desenvolver um ataque de pânico. Em consulta, facilmente identificam as sensações corporais no momento do pico da ansiedade: aumento do ritmo cardíaco, sudação das mãos, gaguez, falta de ar, tremores, entre outros.
Nestes casos, a Terapia Cognitivo-Comportamental é a que eu elejo para ajudar os pacientes a superarem estas dificuldades. Depois de uma entrevista clínica, recolho o “onde”, “quando” e “como” se manifesta o comportamento-problema. De seguida, o paciente é convidado a reflectir sobre as sensações, emoções, pensamentos e comportamentos nas situações ansiógenas. O objectivo é desmontar as crenças disfuncionais (ex.: “Eu não vou ler na missa nem fazer o peditório porque os meus colegas vão gozar comigo, vão dizer que sou feia e que não sei falar”) através de uma análise, dando pontos de vista positivos, de forma a criar esquemas adaptativos (ex.: “se eu não fizer o peditório estou a dar importância àqueles colegas que gozam comigo”).
Assim, em consulta, pretende-se:
- Relaxar o paciente e trabalhar esta fobia através da imaginação ou, numa fase mais avançada, através de um contacto directo;
- Criar situações em que o paciente se tem de imaginar nelas e tem de ir relaxando à medida que o nível de ansiedade aumenta;
- Fazer o paciente perceber que os pensamentos negativos que vêm à cabeça são prejudiciais;
- Tentar desenvolver estratégias com o paciente para que no dia-a-dia lidemelhor com a situação.
- Aumentar os níveis de auto-estima;
- Desenvolver a auto-confiança.
Nestas sessões é feito um trabalho conjunto entre psicoterapeuta e paciente, mas o paciente é quem tem o papel principal, pois tem como trabalho de casa treinar a técnica de relaxamento e tentar aproximar-se da situação ansiógena de forma calma e relaxada, tentando ter sempre pensamentos positivos.

Lara Guina
Psicóloga Clínica

http://laraguina-psicologa.blogspot.com/










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publicado às 08:20



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