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...curiosamente quando o Inverno se prepara para partir e já estamos, ansiosa e graciosamente, de braços abertos para receber a Primavera enquanto a norte do paralelo que divide em duas metades esta laranja que habitamos o Outono melancólico e triste, mas sempre belo, vai entrar.
Claro que isto já não é novidade para ninguém por tantas vezes termos falado aqui no Voz acerca deste mundo autenticamente às avessas em que nos encontramos. Como também já não deve ser novidade que o Brasil não é só calor e Sol, não é só Bahia (como Portugal não é só Trás-os-Montes e Beiras) porque também tem Santa Catarina e Rio Grande do Sul que estão a latitudes bem distantes do Equador e de valores bem próximos às do sul de Portugal (o ponto sul do Brasil mais distante do Equador tem 33 graus de latitude enquanto Faro, a capital do Algarve, tem 37 graus de latitude, mas latitude norte como se compreende). Portanto, um Inverno com alguns rigores pelo território brasileiro não se pode considerar assim como um facto de outro mundo se nos posicionarmos em certas zonas desta enorme imensidão, se nos é permitido o exagero.
Dado mais um alinhavo na desmistificarão climática quer do Brasil (não é só calor) quer de Portugal (não é só frio) convidamos então os estimados (e estimadas) a clicar na imagem publicada que vos levará a cenário captado na manhã do Domingo da Independência em Urupema na Serra Catarinense onde sob os raios de um Sol belo, mas ainda tímido, uma camada de gelo formada durante a gélida noite envolve calorosa e espectacularmente toda a flora. E para que não nos chamem de exagerado ou aldrabão, e ao mesmo tempo fazendo jus ao título que colocámos, convidamos-vos ainda a visitar esta foto captada na Sexta-feira e que nos mostra um manto de neve nos campos do Estado do Rio Grande do Sul.