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... quentinhas!
Ontem, dia 11 de Novembro foi dia de São Martinho.
Foi dia de comer castanhas e ir à adega provar o vinho, como reza o tratado lusitano dos ditotes populares. Embora defensores das tradições esta é uma de todo impossível de cumprir. A falta de adega para provar o vinho ainda poderia ser mascarada pela ida ao supermercado comprar uma garrafita, de Dão preferencialmente, mas nesta altura não aparecem por aí castanhas à venda. Só lá para o Natal e apela-se ao Pai Natal (se quiserem Papai Noel) para que este ano tenham o mínimo de qualidade já que no transacto davam a ideia, logo ao toque, que tinham décadas de armazenamento.
Tão absortos que andamos com outros pensamentos (e algumas preocupações) que até nos esquecemos de perguntar ao pessoal amigo com quem ontem conversámos pelo msn se o Verão de S. Martinho se fez sentir lá pela ocidental praia lusitana. É, não nos enganámos. Verão, calorzão intrometido nos meados do Outono que o povo atribui aos poderes de Martinho um antigo soldado romano bom e solidário que cortou metade da sua capa para proteger do frio um mendigo idoso. De imediato o mau tempo teria partido e teria aparecido o Sol fazendo-se assim fé na Lenda de S. Martinho que o nosso colaborador Dr. Pedro Guina nos enviou ontem e que por motivos vários só hoje vamos colocar no ar.
Felizes por o dia nos fazer recuar em alegria aos tempos em que nós criança/adolescente andávamos a cantar de porta em porta S. Martinho da Guiné dá castanhas e água-pé enviamos a todos os companheiros de então abraço tão quentinho quanto o calor das saborosas castanhas assadas (e embrulhadas em cartuchos de folhas de lista telefónica desactualizada) pelo Homem das Castanhas eternizado pela voz de Carlos do Carmo com música de Paulo de Carvalho eletra de Ary dos Santos.