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Até que ponto devemos aceitar que uma bebida alcoólica tenha nome de figura pública não nos compete julgar. Influenciará no consumo? Provavelmente, mas no que nos toca, por exemplo, não foi por culpa dos cigarros Benfica que nos metemos no vício. Paradoxalmente, uma das marcas que fumávamos no alvor dos 18 anos tinha a chancela do inimigo: Sporting, e a explicação é simples, é que como habitávamos em jaula de leões todas as noites ficava fácil surrupiar dois ou três cigarros do maço que o Zé Neves deixava ficar (esquecimento proposital?) em cima da mesa da sala de estar... outros tempos em que não havia a consciência anti-fumo que há hoje, nem a perseguição aos fumadores ou fumantes, diga-se de passagem.
Bom, mas que ninguém atire pedras se faz favor, porque os telhados são de vidro. Por exemplo por aqui pelo Brasil é um constante bombardear de figuras públicas a anunciar marcas de cerveja, embora, verdade seja dita, que não mais vimos Zeca Pagodinho a fazê-lo (será que a "briga" com o Ministro Temporão surtiu efeito?) e até Ronaldo, o Fenómeno, parece que tomou juizinho. Mas como TV não é o nosso forte, não vamos jurar que tudo se está a passar como o escrevemos. E do lado de lá a grande pedra no sapato dá pelo nome de Sagres que é simultaneamente um dos grandes símbolos da epopeia marítima, foi Escola Náutica, é Navio, é Ponta que entra pelo mar adentro e que desafiou o Infante.
No meio desta prosa encrencada surge então a Maradó 10, uma cerveja fabricada por uma empresa mexicana que, ao que consta, ainda não comprou os direitos de exploração a Maradona.