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Que eu saiba não foi escrito, mas parece que tem força de mandamento ou ordem.
(notícia que vagueava pela gaveta do esquecimento)
O Presidente Lula da Silva defendeu, em 7 de Março, a criação do Dia de Combate à Hipocrisia, já que por preconceito ficam por debater temas importantes... "porque a minha mãe não gosta, o meu pai não gosta, a Igreja não gosta, não sei quem não gosta". Discursando para plateia onde as mulheres marcavam forte presença (era a véspera do Dia Internacional da Mulher) nomeadamente a Secretária Nacional de Políticas para Mulheres, o Presidente defendeu o uso do preservativo para combate a doenças como a Aids (Sida) e também como meio de evitar a gravidez precoce. "Trinta por cento das meninas entre 15 e 17 anos que estão fora da escola é porque tiveram filhos", exemplificou. Além de defender a distribuição gratuita de preservativos, popularmente conhecidos como camisinhas, (campanha que deve ser acompanhada de instruções para o uso, segundo o próprio), o Presidente da República disse ainda que as famílias e a Igreja não podem agir como se as jovens não mantivessem relações sexuais já que as gravidezes precoces estão à vista. Mas eis que surge a Igreja a bradar: "não somos hipócritas", afirmando ainda, e peremptoriamente, "... a posição da Igreja é clara. Sempre o foi. Não mudou, nem mudará".
Correctíssimo, ora.
Correctíssimo, ainda.
Correctíssimo, novamente, já que todo o não hipócrita, todo aquele que jamais pretende tapar o Sol com uma peneira, enaltecerá a justeza da afirmação.
Assim, navegando comodamente nas águas que ela própria escolhe, a Igreja manda às malvas o Povão, o Zé Povinho, abandonando-o à mercê dos problemas reais da vida qual mexilhão que precariamente agarrado às rochas da costa tem que fazer peito para aguentar com a força bruta da rebentação das ondas... da hipocrisia.