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A opinião de PEDRO GUINA
Contraste de Natal
Este Natal foi um Natal cinzento para muitas famílias portuguesas que se viram confrontadas com o desemprego e com inúmeras dificuldades económicas.
Contudo, quem se deslocou às grandes superfícies comerciais do país, conseguiu ver a enchente de compradores desenfreados. Na verdade, o Natal em Portugal assumiu definitivamente o cariz consumista e capitalista do Natal Norte-Americano.
Com feito, foi noticiado que no dia 24 (véspera de Natal), houve um apagão em Lisboa nos terminais de pagamento multibanco e nas respectivas caixas multibanco. Na verdade, levantou-se tanto dinheiro, que grande parte das máquinas multibanco da capital bloquearam, desligando-se e estando sem funcionar vários minutos, o mesmo acontecendo com os terminais de pagamento, os quais criaram o caos nas lojas e supermercados.
Curiosamente, no mesmo dia, foi noticiado que as associações de solidariedade social, devido à quebra abrupta de donativos, se deparavam com sérias dificuldades em ajudar os mais pobres e sem abrigo por forma a terem uma consoada que minimizasse o seu sofrimento.
Estas duas notícias tão díspares, são um verdadeiro contraste. Enquanto uns gastam desmesuradamente, as associações de solidariedade social têm sérias dificuldades em obter donativos para quem mais precisa.
Parece que nem a crise colocou bom senso em muito boa gente, a qual continua a gastar de tal forma, que até é uma ofensa àqueles que se encontram desempregados ou que recebem ordenados ou pensões de reforma tão baixas como as que se praticam no nosso país.
Pedro Guina
Advogado
www.pedroguina.blogspot.com