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Reflexões que antecederam este post ou entrada...
Todo o luso mortal ou quase todo sabe que a erre-tê-pê é a televisão pública de Portugal, mas o que nem todo o luso mortal sabe é que agora não é mais Rádio Televisão Portuguesa e sim de Portugal. Por estas e por outras, eu tenho saudades da RTP... Aquelas reflexões introdutórias desencadeadas num repente, ao acaso e em defesa da velhinha estação pública, valeram a pena e vêm muito a propósito porque, estranhamente ou não, tenho momentos na minha vida actual em que chego a sentir saudades da RTP... E assim cá estou eu a escrever, em felicidade, repito. Revelo a descoberta e, pensando nos que ainda desconhecem, a compartilho... é só clicar no selinho colocado na coluna dos links do Voz do Seven.
Coisas da fusão com a Rádio Difusão Portuguesa (RDP) numa tentativa, dizem, de salvar a(s) empresa(s).
Todo o luso mortal ou quase todo gosta de afirmar que a RTP é o órgão oficial do Governo que "lá está", que dá prejuízo e que é uma sanguessuga dos dinheiros públicos, mas esquece-se o luso mortal que a RTP foi durante muitos anos a única estação televisiva existente no país que vivia para servir o Estado chamado de Novo e que para assistir à emissão tinha esse luso mortal de pagar, talvez pelo luxo, uma taxa anual.
Esquece-se também o luso mortal que naquele tempo cinzento apenas via o mundo através de um apertado filtro colocado por um regime em ditadura que, servindo-se desta mesma RTP, dava treta ao Povo com conversas em família intervaladas por constrangedoras mensagens de "Feliz Natal e até ao meu regresso" que os nossos jovens combatentes lá pelos Cus de Judas eram levados a dizer, sabendo o mundo e os próprios que regressariam sim, mas milhares deles mutilados ou envoltos na Bandeira Nacional
Todo o luso mortal ou quase todo prima em bradar que os programas emitidos pela RTP são uma autêntica bosta e que televisão boa, isso sim, é nas outras, nas emissoras privadas, por talvez lhe servirem mais nus, novelas e mais vida privada das celebridades, mas o que o luso mortal não sabe, até sabe mas evita lembrar e admitir, é que a RTP presta um enorme serviço à Língua Portuguesa difundindo-a por todo o mundo.
(já vos contei mais do que uma vez que não tenho acesso a ela visto a empresa servidora/prestadora de canais televisivos que serve o prédio onde resido e, para minha infelicidade, a que possui maior implantação na cidade de S. Paulo, a NET Cabo, não distribuir a RTPinternacional e ficar-me-ia deveras dispendioso fazer uma baixada da TVA, a empresa que oferece a RTP)
... e, hoje estou feliz, porque por estranha obra do acaso agora posso assistir à dita, via internet. Esse acaso, paradoxalmente provocado por problemas de acesso à Antena 1, levou-me a deparar no site da RTP com uma RTPmobile qualquer que de imediato deduzi ser privilégio, quase luxo, de apenas alguns, que afinal até são bastantes: os possuidores de telemóvel ou celular, em suma de mobile. Bem me enganei. Por acaso, novamente, cliquei num botãozinho e não é que o Windows Media Player abriu revelando-me de imediato imagens da História do Comboio (trem) em Portugal? De investigação em investigação deduzi então que a RTPmobile tem programação própria, mas transmite programas da RTP1 e RTP2, uns em directo (ao vivo) como alguns Telejornais [futebol é que não, devido aos direitos, dizem eles] e outros programas em diferido ou tape, como por aqui se diz.