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Como é possível?

por neves, aj, em 28.06.07

Photo Sharing and Video Hosting at PhotobucketImaginemo-nosno primeiro dia do ano de 1502.
Imaginemosainda que estamos a bordo da embarcaçãoda imagem e que afinal ela é uma das caravelas da frota portuguesa emexploração do litoral dessa imensa terra, hoje chamada de Brasil, descoberta ou achada dois anosantes.
Sentindo sob os pés a calmaria das águas que até fazia lembrar afoz de um rio e com os olhos embriagados por paisagem tão majestosa, quediríamos nós? Certamente que cada um, tripulantes imaginários, não nosfurtaríamos a murmurar que afinal o Paraíso existia.
O homem branco desceu. Impôs-se aos naturais, construiu habitações, povoou. Com o passar do calendário, o burgo cresceu e chegou a capital do país. Depressa ganhou o epítetode Cidade Maravilhosa e uma das suas atracções, o Cristo Redentor, é hoje uma das maravilhascandidatas ao concurso
das 7 Maravilhas do Mundo e cuja votação ainda decorre. O resultado será conhecido em cerimónia a realizar em Lisboa, Estádio da Luz, no próximo dia 7 deJulho de 2007... 07/07/07.
Maravilhoso na verdade e até digno de entrar em qualquer conto de fadas.
Só que...


Só que, entretanto, acidade cresceu, mais, muito mais, e a bestaanimal que existe no homem soltou-se tomando o freio nos dentes. Hoje a Cidade Maravilhosaassusta e viver nela está a tornar-se um verdadeiro terror. A nós, embora bemlonge dos conflitos, custa-nos a compreender e a assimilar o que ouvimos e o que vemos. As imagens que chegam até nós chocam-nos e ao mesmo tempo revoltam-nos.
Como é possível?
Custa-nos a acreditar no que vimos já que parece que as imagens pertencem a uma peça cinematográfica rodada num mundo irreal ousurreal que jamais pensaríamos que pudesse coexistir com tamanhasbelezas em seu redor.
As palavras faltam-nos.Acreditai. Não queremos ser acusados de que o problema até nem é da nossa conta, mas pensamos que temos direito emrogar pelo fim da violência, pelo fim do medo sentido diariamente em cadasegundo pelas gentes que mais não querem que PAZ, que ir e vir do trabalho oudas compras dos bens essenciais semsobressaltos e que desejam, ainda e sobretudo, que os seus filhos possam frequentar a Escolatranquilamente semo receio de uma bala perdida lhes atravessar o caminho.

FOTOS

A soluçãonão a temos, infelizmente, e dada a complexidade nem esboçamos uma palavra porque não sabemos que dizer. Convençamo-nos, no entanto, que também não seráo majestoso Cristo sobranceiro que terá a solução. Esta terá que passar pelasmãos doshomens que comandam os destinos da cidade. É dito à população que as medidas tomadas são as necessárias. Acreditamos, temos de acreditar. Só acreditando mesmo é que o remédiotão necessário quanto urgente poderá surtir efeito, desejando-se no entanto que seja administrado sempre em doses adequadas combatendo simo crime mas protegendo mais e ainda mais as populações indefesas.

Chegámos aofim. Constrangidos, acreditai. Embora mentalmente fragilizados não queremos deixar de revelar a nossa solidariedade para com o Povo que, temosa certeza, continua a alimentar a esperança de um dia poder admirar a partirdas água calmas da Baía de Guanabara uma cidade segura, isenta deviolência... em PAZ.

Que o sonho serealize!





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publicado às 14:22




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