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Saudades

por neves, aj, em 08.09.07
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Hoje sinto saudades podem crer
saudades que nãosão da filha
nem saudades de olhar o Dão
nem sequer saudades do fiel
Raposão
que, como eu, gostaria de entender
que as saudades que hoje sinto
são apenas saudades de ler...





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publicado às 11:36


2 comentários

De Seven a 09.09.2007 às 11:11

Caro Alípio
Não me está a passar pela cabeça entrar agora nessa coisa que se apelida de "saudades" e que como já afirmei só existem se a mente de cada um quiser. No entanto gosto de lembrar, até um pouco para desmistificar um pouco o "nosso fado ou sina", que as saudades que eu sinto serão antes "vontades"..."desejos"... e jamais aquele conceito que por (mau) hábito se costuma deixar nas tumbas: Eterna Saudade. Se nos agarrarmos à saudade, adoecemos, não tenhas tu dúvidas disso.... a melancolia vem depressa e com esta a depressão e... mais não digo.
Ao empregar a palavra (como um ateu a chamar por um deus, talvez) é mais naquela de lembrar ao mundo que afinal não me isolei, que a minha mente ainda funciona, que a minha mente não é ingrata para com as origens e convenhamos que seria mentiroso e até indelicado (como apunhalar pelas costas) se não dissesse que tenho "saudades dos amigos" (vontade de apertar os ossos, beber um copo, bater um papo), do Balcão ou Outeirinho (vontade de obsevar a majestosa paisagem, mas jamais de querer voltar em nostalgia aos tempos em que por lá se jogava à bola... topas?), claro que também "saudades da filha" (vontade de dar um beijo, de ver como cresceu e como já é mulher) .... depois acho que ao sentir saudades, essas tão apregoadas saudades é como chegar ao final de uma história e eu ainda nem sequer comecei a satisfazer o pedido feito por minha fiha, que por enquanto vagueia nos sonhos, mas que um dia, quem sabe,pode tomar a forma de capítulos fixos em lombada.
Outra coisa que nos impede de sentir as tais saudades será esta maravilhosa rede das redes, afinal eu todos os dias viajo a Portugal, a Santa Comba menos vezes mas isso já será outra história, e é como me sentir fisicamente lá, aí quer dizer... sinto é curiosidade de querer ver com os próprios olhos ou de sentir um cheiro, mas lá está... é desejo, vontade.
Um portuga diferente dizes tu... talvez... um portuga que não canta Amália, mas que talvez sinta saudades é por exemplo de ler para saber como correm as coisas pela santa terrinha já que o vento ainda não tem a capacidade de algo me trazer ou dizer...fiz-me entender? Sobre o Defesa? Olha,parece mórbido, mas que tal me indicares via e-mail as pessoas que vão partindo? O resto, não sei... se achares algo importante e se tiveres um scanner envia... por cá aprendi a comer de tudo,no que nesse capítulo toca.
E com esta prosa de saudades, não fiquei com saudades antes sim as "matei" contigo caro Alípio e, diga-se de passagem, há pouco com minha filha só que foi via telefone.
Só uma coisinha...a foto (que desfoquei porque me revelava feio em demasia), foi tirada na nossa ditosa Santa Comba aí uns 2 meses antes de vir... o cenário são as escadas do prédio onde está estabelecida a Foto Flash do meu sobrinho, o obreiro da dita... leio o Defesa na companhia do inseparável e fiel Raposão.
Aquele abraço com vontade, bastante, de um dia destes ser bem forte atá fazer ranger os ossos.
Neves, AJ

De Alípio Calisto a 09.09.2007 às 09:46

Por mais que te queixes de mazelas e axaques, a julgar pelo aspecto...! acho-te excelente. Que o Brasil tem encanto, bastante, para fazer de ti um portuga diferente... diferente, porque nós temos essa característica tão citada no nosso fado que é a saudade. Isto é genético!!! Não confio muito quando dizes que isto não faz parte de ti ou da tua maneira de ser. Poderei dizer, que passados vinte e quatro anos, realmente as saudades hoje já não fazem parte do meu vocabulário. Mas, são vinte e quatro anos!!!. Restam na terrinha meia dúzia de amigos, os outros já não sabem quem sou, e eu não sei quem são (refiro-me especialmento aos mais novos). Aqui me radiquei, tive (e tenho), o que a minha terra nunca me daria, os melhores amigos estão aqui, isto é, para mim está aqui tudo. Como haveria de ter saudades? Mas quanto a ti meu amigo... ainda é muito pouco tempo. Admitindo que aquele sentimento tão nosso, em algum momento, não te deixou amodorrado, pensativo, dormente... ainda mais te admiro. Eu não me posso gabar dessa. Foram cinco ou dez anos muito dificeis mas como te disse; passaram. Comentar é isto. É dizer aquilo que nos vai no pensamento, não pondo (nunca!!!), em causa, aquilo que os outros pensam. Envio um beijinho para a Andréia e, para ti, vai o grande abraço do costume. Estava-me a esquecer de te perguntar, mais uma vez) se, em relação ao Defesa da Beira, eu posso fazer alguma coisa. Vê lá se respondes!!!

Alípio Calisto

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