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Da relaçãomatrimonial dos McCann transparece união. Para a Polícia Portuguesa essaunião irá para além do amor e raiará a cumplicidade. De forma fria, masrealista, a Polícia quer rachar essa união, dividir os McCann para que, na suaóptica, a Justiça possa reinar.
Também entretanto depressa seconstruiu uma cadeia solidária à volta dos McCann em busca da pequena Maddie.Criou-se uma fundação, sítio electrónico, distribuíram-se cartazes, outdoors,ofereceu-se recompensa choruda de milhões, estamparam-se camisetas e atépersonalidades públicas abraçaram a causa: jogadores de futebol, escritores eo próprio Papa, como aliás referimos em entrada própria. Nunca o Povo Português, que como qualquer outro sofre com a ausência dassuas próprias Maddies, se tinha apercebido detamanha grandeza solidária em volta de um desaparecimento. Em lamentoúltimo e como provavelmente nunca maisveremos os olhos vivaços da pequena Maddie a brilharem, então só resta que nós, Sociedade,vejamos os responsáveis expiarem suas culpas... As fotos permitem ligação ao portal Uol e para saber mais sobre os McCann ou o "caso Maddie" é só pesquisar por aí, não falta informação. A propósito deixamos ligação aos "jornais do Voz do Seven" É sabido, mas recordemos que no passado dia 3 de Maio o clãMcCann saltou para as bocas do mundo em virtude do desaparecimento da filha maisvelha, Madeleine, de apenas 3/4 anos de idade.
Sobejamente noticiada, a tragédiaocorrida no Algarve, Portugal, tomou o freio nos dentes, enovelou como bola deneve e, por obra e graça da poderosa máquina de comunicação socialbritânica galgou com facilidade fronteiras e oceanos chegando a dar a ideia quenunca se falou tanto de Portugal por esse mundo afora... e estas terras de VeraCruz não têm sido excepção, claro.
Entretanto o desaparecimento dapequena Maddie assumiu contornos tão misteriosos e inusitados que depressaalcançou autêntico estatuto novelístico: rapto seguido de sequestro? Porquê sempedido de resgate? Rapto seguido de morte com morte por vingança ou porque"correu mal"? Rapto perpetrado por redes pedófilas? "Fugade casa" da pequena Maddie (já que os pais se encontravam ausentes) eposterior queda em precipício ou local de difícil acesso?
Claro que a Imprensa não deixou escapara oportunidade de se empanturrar, esmiuçando e especulando à vontade,desviando-se bastas vezes dos padrões éticos. Talvez porque em causa estava umsúbdito de sua majestade que em terra estrangeira tardava a ser encontrado, aImprensa Britânica disparou em todas as direcções não poupando sequer aPolícia Portuguesa, pondo em causa a sua forma de trabalhar, de investigar. Ocaso Maddie ganhou então e paralelamente uma vertente assaz curiosa: a defesado peito lusitano. Começou a notar-se essa defesa (com natural contra-ataqueaos beligerantes britânicos) na maior parte dos comentários dos leitoresapensos às notícias nos jornais electrónicos e que deixavam no ar anecessidade urgente de demonstrar a suas altezas (prepotentes por natureza oupor condição) que no pequeno rectângulo o raciocínio lógico existe como emqualquer parte do mundo.
Nem de propósito e em verdadeiro volte-face, nãotão estranho como isso, a Polícia Judiciária Portuguesa colocou de parte o rapto e começou a admitir a morte de Madeleine no próprio local onde seencontrava, em casa, mas a inclinar-se para uma morte acidental. Acidente esteque, inevitavelmente, responsabiliza seus pais ausentes e assim chegamos àsituação actual com os McCann a serem constituídos, naturalmente, arguidos (envolvidos ou com culpas) no processo do desaparecimento de uma criança à suaguarda, criança que aos olhos da Polícia já será, de forma bem realista, apenas "recordação de uma criança".
Culpados ou inocentes? Nãoesqueçamos que até julgamento, um homem (ou mulher) é sempre consideradoinocente (bom, deveria ser no entanto sabemos nós que a sociedade ingrata e injustaadora catalogar as pessoas... fossem os pais da pequena Maddie uns pobres diabosque tivessem ido à tasca mais próxima beber um copo e já teriam sido apedrejadose crucificados vezes sem conta). Vamos com calma... um pouco como a PolíciaJudiciária Portuguesa.
Demostempo ao tempo, não especulemos e muito menos nos precipitemos em juízos preconcebidos copiando as celebridades atrás focadas que poderão ser obrigadas agora a puxar pelaimaginação para "descalçar bota" tão incómoda e, em prol da honra, assumirem publicamente acto de contrição.
assim seja!